Dez juntas de freguesia da Covilhã enviaram ao ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, uma carta a dar conta da realidade de cada uma das localidades para tentar convencer Nuno Crato a inverter a possível decisão de encerrar escolas do primeiro ciclo. Os autarcas conseguiram reunir-se com o responsável governamental na segunda-feira, dia 9, onde esgrimiram argumentos a favor da manutenção dos estabelecimentos de ensino.

“É comum a todas as juntas que queremos manter as escolas abertas”, disse Pedro Leitão, no final da reunião. O presidente da Junta da União de Freguesias de Cantar Galo e Vila do Carvalho afirmou ainda que a falta de alunos no Interior não é responsabilidade dos autarcas. 

“É pela falta de investimento que não temos alunos. As indústrias não têm vindo porque não há infraestruturas, depois os Planos Directores Municipais são restritos e as pessoas não podem aqui viver”, sublinhou, revelando uma proposta feita a Nuno Crato: “Propusemos a prorrogação do prazo por um ano para amadurecer este tipo de situações e se possam analisar soluções para estas escolas”.

A resposta não terá agrado. Nuno Crato não se terá comprometido a mais do que analisar “caso a caso, a situação de cada freguesia”, revelou Pedro Leitão e disse que a “lei tem de ser cumprida”.

No concelho da Covilhã há dez escolas em risco de encerrar no próximo ano: Cortes do Meio, Vales do Rio/Peso, Erada, São Jorge da Beira, Paul, Barco/Coutada Ourondo, Vila do Carvalho, Orjais e Verdelhos.