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Vento como potencial económico
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 18 de junho de 2014 · @@y8Xxv Uma mesa redonda que decorreu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas destacou a importância das energias renováveis. Um setor que coloca Portugal na primeira linha deste sector. |
Sá da Costa defendeu na UBI o potencial das energias renováveis |
21970 visitas Energias renováveis versus combustíveis fósseis. O debate está na ordem do dia há vários anos e foi renovado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, no âmbito de uma iniciativa promovida em conjunto com a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN). Motivos para apostar em formas de produção de energia elétrica ditas limpas são muitas e Portugal até está na primeira linha mundial desta tendência. Mas ainda há muito para fazer. Mudar mentalidades e políticas é uma delas, como se depreende das palavras de Sá da Costa, presidente da APREN. “O mundo está feito para defender as fontes tradicionais, as fósseis”, disse, apresentando números: “Os subsídios aos combustíveis fósseis continuam a aumentar a nível mundial. Foram, em 2012, 544 mil milhões de dólares versus 100 mil milhões atribuídos às renováveis”. O responsável tinha outros números para apresentar. “Para gerar um megawatt/hora de eletricidade a partir do carvão são precisos três megawatt/hora de carvão ou dois de gás natural. Através de energia eólica, é preciso apenas 1,1 megawatt/hora”, referiu Sá da Costa durante a mesa redonda “O Vento como Recurso Energético”. Portugal é um País com recursos naturais, “tido lá fora como um exemplo no aproveitamento da eletricidade renovável”, segundo o líder da APREN, o segundo a nível mundial nas eólicas, a seguir à Dinamarca. “Ajuda-nos a baixar em sete pontos percentuais a nossa dependência energética. São coisas que não vêm na fatura da eletricidade, como não vêm os empregos que se criam, nem o que injeta na economia local”, acrescentou, lembrando que o aumento deste aproveitamento “tem de ser transversal a todos os sectores”. António Marques, docente da UBI e o principal rosto da organização da parte da Universidade, aconselha a transferência das tecnologias fósseis para elétricas, “no sector dos transportes” e chama a atenção da Beira Interior para a instalação de meios de produção de energia. “Nós vivemos numa região onde o potencial eólico é significativo. E traz um conjunto de sinergias e de externalidades positivas na região, como emprego, mão-de-obra qualificada e transferências para as autarquias”, disse, concluindo: “É um conjunto de benefícios que nem sempre são contabilizados nas estatísticas”. A mesa redonda foi organizada na segunda-feira, dia 16, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Vento, que se assinalou no dia anterior, domingo, 15. |
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