O professor Catedrático do ISEG, Francisco Louçã iniciou a palestra ao falar sobre as condições, riscos e soluções da dívida do país. Portugal é um “país inviável que não é capaz de criar emprego e pagar as pensões”.

Com as dificuldades que a europa viveu nos últimos anos, a solução que os países europeus optaram para resolver a crise foram as medidas de austeridade. Louçã afirmou que a austeridade não é das melhores alternativas para resolver uma crise “ não se corrige uma recessão com medidas recessivas”. Segundo Francisco Louçã, uma das soluções para combater a dívida portuguesa é a “restruturação da dívida” pois é a única política a curto prazo, que permite cortar na despesa sem efeitos recessivos e permitir um crescimento sustentado a longo prazo.

O antigo coordenador do partido político, Bloco de Esquerda salientou ainda que a “União Europeia não está a funcionar”, uma vez que a crise recessiva dos países europeus mostraram uma “enorme fragilidade do Euro”.

Mário Cardoso, aluno do curso de Economia achou bastante realista a intervenção do professor Francisco Louçã, afirmando que “ o professor está correto quando diz que é necessário reestruturar a dívida”. Mário acrescentou ainda que o professor catedrático do ISEG deveria “fazer uma melhor separação do que é económico e do que é político, pois a Economia parece uma ciência destrutiva quando na realidade a classe política é que faz parecer assim”.

Após a intervenção do professor Catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão, os alunos e professores presentes na conferência tiveram um espaço aberto para fazer questões ao Francisco Louçã relacionados com o tema abordado na conferência.

O evento foi organizado pelo Grupo de Estudos Políticos da Universidade da Beira Interior, que teve entrada livre a toda a comunidade da Universidade da Beira Interior.