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Dadores de sangue juntos em mais uma colheita
Letícia Ferreira · quarta, 14 de maio de 2014 · UBI O Centro de Sangue e da Transplantação de Coimbra esteve no Centro Multimédia para mais uma colheita de sangue. |
A doação dura cerca de 10 minutos, podendo variar de pessoa para pessoa |
22000 visitas Diariamente são necessários cerca de mil a mil e duzentas unidades de sangue nos hospitais portugueses para tratar doentes. Os grupos sanguíneos A e O negativos, em particular, são os mais difíceis de manter dentro dos níveis desejáveis. Assim, o Centro de Sangue e da Transplantação de Coimbra (CSTC), responsável pelas sessões de colheita de sangue na Região Centro, dirigiu-se à Covilhã na semana passada para restabelecer os seus níveis de stock. Para proceder à dádiva de sangue, os dadores respondem a um questionário e é feito um registo dos dados pessoais de cada um. De seguida, o sangue dos dadores é testado através de uma picadela no dedo para se assegurarem que o valor da hemoglobina é compatível com a dádiva e que a colheita não irá prejudicar a saúde do dador. Depois de avaliada a tensão arterial e frequência cardíaca dos dadores, é feita a colheita de 450 mililitros de sangue sempre sob o olhar atento de profissionais. Por fim, é servida uma refeição ligeira. Todas as colheitas são escrupulosamente analisadas e os dadores serão notificados e orientados clinicamente caso os resultados analíticos revelem uma anomalia importante para a saúde dos mesmos. Alcídia Pinheira, responsável pelo processo de colheita do CSTC, afirma que a doação de sangue é fundamental, pois os doentes “dependem da dádiva de dadores saudáveis, que se dirigem de forma voluntária e altruísta para fazer a doação de sangue, uma vez que este não se fabrica”. Segundo Alcídia, a população está consciente da importância da colheita de sangue, pois é “bastante participativa”. Contudo, o país está a ficar envelhecido, “agravando-se o facto com a emigração dos jovens”, sendo por isso fulcral que “os jovens sem comportamentos de risco e saudáveis considerem este gesto”, refere a responsável. Para dar sangue, é necessário ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 quilos. Cada dador pode repetir a dádiva de três em três meses, no caso dos homens, ou de quatro em quatro, no caso das mulheres. Informações detalhadas sobre quem e como pode ser dador, assim como a duração das reservas do Instituto Português do Sangue e da Transplantação estão disponíveis online. Quando Ana Nave, de 25 anos, estagiou numa empresa de indústria farmacêutica ficou sensibilizada em relação à importância de dar de sangue e quis experimentar: “Acho que é um ato de entreajuda e de cooperação”. Ana, que já é dadora de sangue desde 2011, considera que esta dádiva tem um grande impacto pois promove o bem-estar dos doentes, garantindo que não custa nada ajudar: “São só uns minutinhos e também não dói nada”. Para Hélder Paulo, esta também não foi a primeira vez que deu sangue. O dador considera esta ação essencial “para ajudar quem precisa, como alguém que vai ser operado ou que sofra uma doença terminal”. Hélder, de 29 anos, refere que não custa nada ajudar o próximo e que um dia pode também precisar: “Há falta de dádivas de sangue, e este gesto pode salvar uma vida”. Quem quiser dar sangue pode também dirigir-se ao CSTC em Coimbra ou informar-se sobre locais onde decorrerão colheitas de sangue. Durante a sessão que decorreu durante a tarde de 6 de maio, quase 50 unidades de sangue foram recolhidas. Abertas a todos os que queiram participar, as próximas colheitas na Covilhã estão agendadas para 20 e 27 deste mês, na Faculdade de Ciências da Saúde e na Biblioteca Central, respetivamente, onde o CSTC espera uma boa participação. |
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