Estão concluídos os primeiros dois dias das Jornadas Aeronáuticas da Covilhã 2014 (JAC), que continuam na próxima semana, nos dias 7 e 8 de maio. Quatro grandes temas estão a ser tratados na edição deste ano, organizada como habitualmente pelo Aeroubi – Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica. Propulsão, aerodinâmica, estruturas e operação estiveram então em debate, num evento que assinala ainda os 20 anos do organismo, que procurou ter uma maior ligação com quem estuda nesta área na Universidade da Beira Interior (UBI).

“Este é um ano especial para nós, porque fazemos 20 anos e apostamos nesse tema. Quisemos que os alunos deste curso fizessem parte da organização e pedimos-lhe que nos propusessem temas e oradores que eles gostassem de ter cá”, explica Carlos Fonte. O presidente do Aeroubi sublinha que tudo o que foi pedido faz parte do programa das JAC. “Nós só fizemos o papel, em certa medida, de convidá-los e organizar tudo isto. Por isso, são totalmente dedicadas aos alunos”, acrescenta.

Com cerca de 70 pessoas em cada um dos dias – as Jornadas começaram na segunda-feira, dia 28, e continuaram ontem – estiveram presentes empresas como a TAP, o conglomerado brasileiro de fabrico de aviões Embraer e o CEiiA, um centro de engenharia que trabalha a mobilidade. O segundo dia encerrou com uma presença mais improvável, mas ideal para falar de segurança na aviação. A palestra esteve a cargo do inspector-chefe da Polícia Judiciária.

“Tentamos trazer para cá as melhores empresas do mundo aeronáutico. Algumas não nos deram resposta positiva, mas julgo que temos um bom cartaz”, refere Carlos Fonte, admitindo algumas dificuldades na organização: “As grandes empresas já não estão tão dispostas a vir, devido aos custos de transportes ou estadias. Estamos um pouco longe da nossa área e o mais perto é Lisboa ou Porto. Por isso, também é um bocado difícil para nós estar sempre em contacto com o nosso mundo, daí estas jornadas e todas as atividades que tentamos realizar. Queremos puxar para cá esses temas”.

Festival aéreo pode regressar em outubro

Fora das JAC 2014 está o Festival Aéreo. A Covilhã não dispõe de aeródromo depois da construção do Data Center da PT e não existem alternativas de espaço. Ainda assim, há o sonho de realizar o certame ainda em 2014.

“Este ano estamos a tentar organizá-lo, sendo um pouco difícil tendo em conta as atividades promovidas e que temos de conciliar com a parte académica. Se tudo correr bem, em outubro, irá decorrer o nosso festival aéreo. Não prometo nada, mas em princípio haverá”, anuncia o aluno do segundo ciclo de Engenharia Aeronáutica, admitindo que o aeródromo de Castelo Branco é “o espaço alternativo mais viável”.

Os próximos dois dias das Jornadas Aeronáuticas da Covilhã vão centrar-se nos mesmos moldes dos anteriores. “Vamos trazer cá empresas estrangeiras como a Agusta Westland, de helicópteros e outras portuguesas – porque tentamos puxar um bocado para o nosso País – como a UAVision, de drones e UAV, veículos aéreos não tripulados.