Dificuldades de tesouraria estarão na base de, até ao momento, a Câmara da Covilhã ter transferido para as juntas de freguesia apenas o montante do mês de março. “Dentro dos próximos dias faremos as restantes transferências”, segundo Vítor Pereira, autarca local.

A informação prestada pelo edil na última reunião de Câmara, na sexta-feira, dia 4, sustentava-se nas dificuldades financeiras. “Há um abaixamento acentuado de receita, há uma redução de receitas fiscais, de taxas, licenças e impostos municipais. Há uma série de problemas como atrasos no pagamento das rendas sociais, porque estamos numa altura complicada e difícil”, explica. Ao mesmo tempo, há a lei que obriga a pagar aos fornecedores num curto prazo de tempo.

As justificações do líder do executivo municipal não aliviam as críticas da oposição, nomeadamente, Joaquim Matias (PSD) e José Pinto (CDU).

Joaquim Matias “lamenta que a Câmara não tenha contactado os presidentes de junta para os informar da incapacidade para pagar os duodécimos de janeiro e fevereiro”. A situação, segundo o vereador, está a provocar dificuldades aos presidentes de junta de freguesia: “Os executivos estão com problemas financeiros gravíssimos e podem não ter dinheiro para pagar os vencimentos dos funcionários ou resolver de facto os problemas das suas populações”.

Para José Pinto a situação “não é aceitável”, depois da “celeridade verificada na aprovação do regulamento dos protocolos”.