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A ONU aos olhos de Freitas do Amaral
Célia Fonseca · quarta, 9 de abril de 2014 · “A ONU faz coisas fantásticas que ninguém fazia, e que ninguém fará se deixar de existir”. A UBI, juntamente com os alunos de CPRI, no intuito de instruir a comunidade académica sobre política internacional, realizaram a conferência “As funções Visíveis e Invisíveis da ONU” que trouxe até à Covilhã Diogo Freitas do Amaral. |
Diogo Freitas do Amaral na UBI |
21975 visitas Como ex-presidente da Assembleia Geral da Nações Unidas, Freitas do Amaral reconheceu o que a ONU faz de bom no mundo e pelo mundo, na sessão da FCSH do passado dia 4 de abril. As Nações Unidas têm várias funções visíveis, que são conhecidas pela população em geral, como o seu símbolo, a sala da Assembleia Geral e o Conselho de Segurança. Foi fundada depois da Segunda Guerra Mundial, com o objectivo principal de prevenir guerras, e pugnar pela paz e estabilidade entre os povos e as nações. “O que a ONU faz é algo de bom, generoso, altruísta pelos que mais precisam, mas muitos não o sabem, nem mesmo os que beneficiam dessa ajuda, por falta de conhecimentos” fundamentou Freitas do Amaral. A cooperação e bondade de todos os países são fundamentais para se continuar a dar auxilio e é aqui que se encontram as funções invisíveis da organização. “São cem instituições especializadas que tratam todos os problemas públicos a nível internacional”. Desde a ajuda a crianças, a apoios à cultura até ao auxílio a refugiados, tudo isto são situações passiveis de resolução pelas instituições das Nações Unidas. “A ONU é merecedora não só de um prémio Nobel, mas de vários todos os anos” salientou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros. Por considerar importante o tema da conferência deixou um desafio à Universidade e aos alunos que passa por “darem a conhecer a Portugal e até ao mundo esta face invisível da ONU”. A crise financeira de Portugal esteve também em debate. O orador referiu o seu ponto de vista, e possíveis soluções para a ultrapassar. Para Freitas é necessário “o desenvolvimento da agricultura, do mar, e da aviação, é preciso voltar ao básico, ser criador e inventar novas coisas”, na situação que se atravessa. Defendeu ainda que “este não é o modo de vida de um país Europeu” e realçou tristemente que uma crise destas “tira a alegria de viver”. O facto de se encontrar no Interior fez surgir a questão das desigualdades. Também elas “podem ser ultrapassadas com a participação de todos”. Por razões de justiça é necessário combater “o envelhecimento e a falta de vitalidade no interior”, defendeu. Freitas do Amaral afirmou ainda por que concorda com a renegociação e posteriormente com a restruturação da dívida pública portuguesa e explica o motivo.Considera que o país está parado a nível de obras públicas, já não “há construção de escolas, de hospitais e de estradas e não há saldo primário favorável”. Criticou a política de austeridade a que os portuguese se vêm obrigados. “A austeridade corta com perspetivas de futuro. Existem cerca de 2 milhões de pessoas à beira da pobreza, a que se fazem cortes”, finalizou. |
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