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Dança e Mistérios
Cristiana Duarte · quarta, 2 de abril de 2014 · Continuado As portas do Teatro Municipal da Covilhã abriram-se uma vez mais para receber a peça Liminal, interpretada pela companhia do Laboratório de Dança da Universidade Carlos III de Madrid em Espanha |
Bailarinas da companhia do Laboratório de Dança da Universidade Carlos III em Espanha em cena |
21978 visitas Inserido no 18º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, a peça “Liminal” ilustrou, no passado dia 28 de Março, a arte da dança clássica aliada à dança contemporânea num misto de dúvida e incerteza, conduzindo o público por um espetáculo que se viria a demonstrar no mínimo surpreendente. A peça, encenada por Eva Sanz, pretende envolver o espectador nos mitos da dança clássica, conduzindo-o assim numa viagem que se traduz num misto de emoções e sentimentos. Para a encenadora, o espetáculo resulta de “uma investigação, de uma pesquisa que se tem vindo a fazer em torna da dança clássica e dos seus mitos mas que envolve a contemporaneidade”. A inocência é o principal tema abordado. É através da inocência que se preenchem os espaços liminares, isto é, os lugares onde não há espaço nem tempo, onde não há competições. Eva Sanz explica ser “sobretudo a inocência a maneira de nos interligarmos. É por isso que o cenário é composto por muitas flores e muito cor-de-rosa”. No decorrer da peça as bailarinas procuraram interagir com o público chegando mesmo a apresentar fotografias da sua vida privada de modo a mostrar que “através de um olhar conseguimos devolver a nossa inocência, porque um olhar não resiste a uma separação do outro”. A peça acabou por resultar num momento de convívio entre bailarinas e espectadores que não sabiam como atuar. Para quem assistiu foi “um misto de surpresa e inquietação porque estávamos à espera de um espetáculo diferente”. A encenadora finalizou dizendo que “já não sei trabalhar sem o público. É um ato de comunicação perfeito onde nos ensinamos mutuamente e onde ambos temos de intervir”. O espetáculo “Liminal” contou com direção artística de Eva Sanz. A interpretação ficou a cargo de Marta Rodriguez, Sol Romero, Maria Aguado, Catalina Rubio, Alba González e Carolina León. Uma peça que contou com a criação artística de Eva Sanz, Jaime Conde, Matias Zanotti, Javier Aparicio e Marina Aznar.
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