A área económica concentrou as atenções da visita que o embaixador do Japão em Lisboa fez à Covilhã, na última semana. O representante do país asiático está em Portugal há cinco meses e quis conhecer de perto a realidade das Minas da Panasqueira, geridas pela empresa japonesa Sojitz Beralt Tin & Wolfram Portugal. Hiroshi Azuma, que foi recebido na autarquia depois de passar pela unidade de exploração de minério, na quinta-feira, dia 27, afirmou que é intenção da empresa “continuar com a atividade no futuro”.

A informação que deixou Vítor Pereira satisfeito. “Havia rumores sobre a sua permanência e que estaria a pensar numa alienação. Questionei-o sobre essa matéria e recebi a informação de que a empresa quer manter-se na exploração das minas e expandir o negócio”, segundo disse aos jornalistas o presidente da Câmara da Covilhã, no final do encontro com o embaixador.

Outra relação entre a Covilhã e uma empresa japonesa pode estar a desenhar-se. A Marubeni negoceia, nesta altura, a aquisição de posições da AGS a nível nacional e, a concretizar-se o negócio, será parceira da autarquia na Águas da Covilhã, onde a AGS detém 49% do capital social. Mais um motivo para Hiroshi Azuma pretender “aprofundar as relações” com o município.

O embaixador afirmou-se ainda interessado em aprofundar a exportação de artigos portugueses. Em perspetiva estão bens da área alimentar como vinho, queijo e mel, entre outros. “São muito competitivos, na minha opinião. Gostava muito de fazer algo pela promoção destes produtos, para serem exportados para o Japão”, salientou.

Reunião na UBI

Depois da autarquia, e na sequência de uma visita que incluiu também o Fundão, Hiroshi Azuma reuniu-se com responsáveis da Universidade da Beira Interior (UBI). Dialogar sobre o intercâmbio de estudantes e cooperação na área da educação foram os temas que motivaram o encontro.