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Embaixador quer mais portugueses a estudar na Polónia
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 26 de mar?o de 2014 · @@y8Xxv O representante polaco em Portugal, Bronisław Misztal, defende maior movimento de alunos entre os dois países. |
O embaixador da Polónia encontrou-se na Câmara da Covilhã com estudantes polacos a frequentar a UBI |
21960 visitas Ter estudantes polacos a estudar em Portugal “é importante”, mas os portugueses deviam fazer também o movimento inverso. A ideia é do embaixador da Polónia, Bronisław Misztal, que passou pela Universidade da Beira Interior para falar da Europa e para estabelecer contactos com entidades da Covilhã. “Há 2000 estudantes polacos em Portugal, o que faz de nós o segundo maior ‘cliente’ do ensino superior português”, disse o responsável pela embaixada do país de Leste, logo a abrir a intervenção intitulada “The future shape of Europe. New challenges and old problems”, que teve lugar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UBI. Mais tarde, aos jornalistas, defendeu que “é importante para todos os países que os estudantes saiam”. Portugal oferece “um estilo de vida atrativo, tem uma cultura fantástica e diferentes modelos de formação”, lembrou, desejando que a Polónia “continue a enviar para cá alunos”. Contudo, “há 10 vezes menos portugueses a estudar na Polónia e seria “benéfico que também fossem formar-se lá”.
Nacionalismos em crescimento Sobre a Europa, Bronisław Misztal recordou a evolução do continente, em especial no século XX, período em que enfrentou desafios como a conquista da paz, o desenvolvimento social e económico, apesar da existência de diferenças assinaláveis ao nível da riqueza, por exemplo. A situação, contudo, poderá agravar-se, defendeu: “Nos próximos cinco anos, vamos assistir ao aumento das diferenças, emergência de pequenos grupos, conflitos entre as nações, emergência de nacionalismo e violência entre as culturas dominantes e as outras”. A crise económica poderá ser uma das causas. “O sonho europeu, de uma sociedade mais aberta, mais tolerante, com a ideia de que há cada vez menos para dividir, produz frustração. Temos pessoas que tiveram o jantar e que agora não só ficaram sem jantar como ainda lhes levaram a mesa”, reflete. A solução passa por “proteger as populações” de um confronto entre solidariedade e individualismo. “Há tendências na Europa de que cresce o individualismo”, alertou. Depois da UBI, o embaixador da Polónia seguiu para a Câmara da Covilhã onde se reuniu com o presidente da autarquia, Vítor Pereira, e os reitor e vice-reitor da UBI, António Fidalgo e João Canavilhas, respetivamente. A receção contou ainda com a presença de estudantes polacos a estudar na Universidade. |
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