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Novos desafios das polícias em tempos de crise
Solange Monteiro · quarta, 19 de mar?o de 2014 · Profissionais da polícia por um lado e cidadãos integrados na sociedade por outro, estes homens clamam por direitos e o reconhecimento merecido pela missão que exercem todos os dias. |
Paulo Rodrigues discursa sobre sindicalismo nas forças de segurança |
21954 visitas A conferência "Sindicalismo em tempos de crise: o desafio das forças de segurança" teve lugar no dia 11 de Março na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior. Na ocasião defendeu-se que a existência de um sindicato nas forças de segurança é importante, porque "se os polícias não têm um sindicato forte e organizado onde expressar a sua revolta, começam a criar novos movimentos internos desorganizados e pontuais que podem pôr em causa a estabilidade da instituição", defendeu Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP). Nos últimos anos, as forças policiais foram alvo de limitações orçamentais, as quais "afetam o seu normal funcionamento de diversas formas", por exemplo, se não houver investimento em tecnologia e em equipamentos, assegura o presidente da ASPP. Este tipo de problemas "pode pôr em causa aquilo que é a qualidade da segurança pública, que é a segurança interna”. Numa primeira fase, são os polícias que sofrem porque querem atuar e não podem, porém, numa segunda fase são os cidadãos que acabam por não ver a eficácia da polícia. E deixam de confiar num pilar base do funcionamento de uma sociedade. Questionado sobre como os polícias se sentem quando numa manifestação estão em serviço, mas se identificam com os manifestantes e querem estar do outro lado, Paulo Rodrigues confessa ser muito complicado. A crise que se vive nas forças de segurança leva a que muitos polícias tenham casas e salários penhorados e se vejam forçados a pedir ajuda ao gabinete de ação social da PSP.
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