A Associação de Clubes de Canoagem da Região da Beira Baixa está a avaliar quais os rios e ribeiras navegáveis do distrito de Castelo Branco. Com este projeto, o organismo pretende criar um roteiro com a finalidade de promover estes locais em outras zonas do País. O trabalho começou no início do mês, com a avaliação do rio Ocreza, afluente do Tejo que nasce na Serra da Gardunha.

Numa primeira fase, a avaliação procurará identificar os pontos de entrada e saída dos rios, caminhos paralelos, locais perigosos e o nível de dificuldade, assim como outros pontos de interesse: fauna, paisagem ou estruturas artificiais.

Foi isto que uma equipa de três elementos fez a 2 de março. A navegação, ao longo de quatro quilómetros no rio Ocreza, entre a ponte de Cafede e a ponte das Tabuinhas, não resultou numa avaliação positiva. “Este troço mostrou-se impraticável em termos de navegação dado que possui vários pontos perigosos, facto que é de lamentar dada a rara beleza que esta parte do rio oferece, onde os muitos moinhos de água abandonados se confundem com as margens rochosas do rio”, refere o organismo, em comunicado. No entanto, está prevista, ainda para este mês, um novo estudo do mesmo curso de água, na expetativa de obter “um resultado mais positivo”.

Depois de completados os levantamentos, a Associação pretende passar à segunda fase, que se prende com a divulgação de “todos os rios e percursos navegáveis, para que todos possam usufruir dos mesmos”. No caso de se identificarem troços com nível II ou III de dificuldade, “haverá lugar ações de formação em águas bravas”, anuncia ainda a Associação de Clubes de Canoagem.

Descida internacional em abril

No que toca a eventos, está marcada para 5 de abril a XI Descida Internacional do Rio Erjes “Memorial Amilcar Crespo”. A prova começa às 9h00, nas Termas de Monfortinho, e terminará junto a Salvaterra do Extremo. “Salienta-se que esta já foi uma das principais provas de canoagem contando com mais de 300 participantes”, refere a organização.