Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
As mega tendências dos novos mercados emergentes
Irina Candeias · quarta, 12 de mar?o de 2014 · @@y8Xxv A UBI recebeu, no dia 11 de março, o designer José Mendonça, para uma conferência sobre os mercados emergentes e as suas tendências. |
José Mendonça na conferência |
21953 visitas Numa sessão dinâmica, José Mendonça, iniciou a palestra com um pequeno vídeo sobre as tendências da PANTONE para o verão de 2015. A este conjunto de tendências pode-se chamar de Speed, até porque “cada vez mais vivemos numa era em que a velocidade e a rapidez são o principal motor, até mesmo no processo criativo”, explica José Mendonça. Para o orador, o design e as entidades do design “passam muito pela genética daquilo que somos e de onde estamos”, onde o tempo e o espaço onde estamos inseridos influenciam no processo. Os designers e os criadores de design têm por obrigação criar, inovar e lançar produtos competitivos pela exclusividade, caraterísticas essas que “normalmente obtemos nos fundamentos do design: o tempo, o custo e a qualidade”, refere José Mendonça. Para o designer as fontes de inspiração no processo criativo são fundamentais para um projeto sólido e único. O design português tem lutado para se estabelecer, mas ainda hoje enfrenta alguma precariedade nessa afirmação. Para José Mendonça isso sucede porque “vão buscar identidades que não são portuguesas. Estamos sempre a olhar para o que se faz lá fora”, explica. Apesar de ser essencial essa pesquisa fora de Portugal, também é importante “pegar nas nossas raízes, na nossa cultura e mostrar que são estes os nossos valores e que é neles que nos vamos sustentar”, confessa. Em Londres, onde José Mendonça reside, o “excesso de nacionalismo” foi desde sempre essencial para se criar um sistema criativo e único. Daí que “os designers, que estão inseridos nesse sistema, devam valorizar e saber amar aquilo que somos”, explica. Na segunda parte da palestra, o orador apresentou três diferentes tipos de consumidores: os Crentes nos Dados (data believers) são consumidores pragmáticos e são obcecados por tecnologia, e por isso “serão os consumidores daquilo que é o futuro da indústria têxtil”, diz José Mendonça. Os Protagonistas de Fábulas são um tipo de consumidores mais orientados para a vida, são interessados na redefinição de histórias do passado, vivem conscientemente e tendem a ser mais emotivos. São os consumidores que procuram roupa em segunda mão. Para José Mendonça são “os novos hippies da geração de 2000”, explica. Por último, os Novos Artesãos são os consumidores que “abraçam o mundo rural, obviamente de uma forma contemporânea”, explica José Mendonça. No termo da conferência o orador agradeceu a presença de todos os participantes salientando que são eles “o amanhã e a mudança”. |
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