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Coolabora assinala Dia da Mulher
Letícia Ferreira · quarta, 12 de mar?o de 2014 · Região A violência doméstica e a desigualdade entre os géneros foram os principais temas abordados na véspera do Dia Internacional da Mulher, durante as comemorações realizadas na Biblioteca Municipal da Covilhã. |
Isaura Reis, Francisco Paiva, Ana Pereira, Jorge Torrão, Graça Rojão e Elisa Pinheiro |
21997 visitas Com o intuito de sensibilizar os jovens para as desigualdades e obstáculos que as mulheres sofrem, a Coolabora organizou o evento “Sentidos e testemunhos”. Jorge Torrão, vereador da Câmara Municipal da Covilhã, iniciou a sessão, caracterizando-a como uma “criação de amor e bondade”. Depois de Francisco Paiva, professor universitário, e Graça Rojão, da Coolabora, falarem sobre os direitos das mulheres, a palavra passou para Elisa Calado Pinheiro, historiadora e ex-directora do Museu dos Lanifícios. A sua apresentação foi “uma evocação singela” dos percursos de Maria Pereira, cristã-nova do século XVII, Rosa Jacinta de Carvalho Veiga, uma empresária também cristã-nova, mas do século seguinte, e Maria, uma criança que viveu na época da greve de oito semanas da classe operária covilhanense. Isaura Machado Pais foi outra convidada que deu a sua opinião face aos obstáculos com que as mulheres se deparam, destacando a importância de uma boa relação entre a vida pessoal, profissional e social. A última convidada, Ana Catarina Pereira, professora universitária, fez uma abordagem ao tema de modo pessoal, contando de que forma reparou na estranha distribuição de profissões pelos géneros: as mulheres eram sobretudo professoras, enfermeiras e domésticas, enquanto na televisão ou na literatura quase só trabalhavam homens. A desigualdade salarial foi um dos assuntos abordados por Graça Rojão: “A população trabalhadora feminina é muito mais qualificada do que a população masculina, e este aumento de qualificações não corresponde a um igual tratamento salarial”, disse. Com o objetivo de sensibilizar a sociedade para esta disparidade e incentivar a tomada de medidas para alterar esta realidade, a União Europeia criou o Dia da Igualdade Salarial. Em Portugal comemora-se a 6 de março, pois as mulheres teriam de trabalhar até essa data, mais 65 dias, para ganharem o mesmo salário anual do que os homens. Após a curta palestra de 40 minutos, iniciou-se a cerimónia de encerramento do concurso Digitalcool 2013/2014, onde foram anunciados os vencedores e entregues os prémios aos mesmos. Esta foi a quinta edição do Digitalcool, concurso criado para sensibilizar os mais jovens para a importância das questões da igualdade de género. Graça Rojão caracteriza-o como uma forma de assinalar anualmente o Dia Internacional da Mulher, através da arte e da expressão artística, pois os trabalhados consistem em curtas-metragens, vídeos, animações, apresentações ou jogos interativos. “Todos os anos pensamos o que é a igualdade, o que são os direitos e qual é o caminho que ainda temos de percorrer”, afirma a organizadora. Esta edição contou com 43 participantes, entre eles alunos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova. Apesar do concurso se destinar a estudantes do 3º ciclo do básico, ensino secundário e ensino superior, ninguém se inscreveu na última categoria.
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