A Caminhada pela Igualdade marcou as comemorações do Dia Internacional da Mulher na Covilhã. Todos os anos a USCB/CGTP-IN promove a celebração deste dia, e a caminhada do passado dia oito foi uma estreia de entre todas as iniciativas que já se tinham feito para assinalar a data.

A celebração deste ano contou com dois dias de atividades. No dia 7 de março, o Cine-Teatro de Castelo Branco abriu portas a uma exposição e um debate sobre o assédio moral no local de trabalho. A Covilhã recebeu as comemorações no dia seguinte, destacando-se a Caminhada pela Igualdade, que reuniu bastantes pessoas.

“A caminhada é um primeiro lançamento e temos a convicção que o mais importante não é o número de pessoas, mas sim o assinalar da data, na medida em que os problemas de igualdade são ainda muito atuais, por exemplo em termos de salários e trabalho”, refere Luís Garra, coordenador da direção da USCB/CGTP-IN.

A iniciativa de todos os anos comemorar este dia é, segundo Luís Garra, uma forma simbólica de chamar a atenção para os problemas de desigualdade que ainda existem na sociedade portuguesa, e até mesmo na região das beiras, podendo assim “mostrar que a luta pela igualdade não é esquecida”.

O projeto da caminhada, ainda que pioneiro, revelou-se bem aceite. Elvira Cardoso, participante na iniciativa, acredita que “a caminhada é uma forma de vir dizer ao povo e à cidade que a igualdade se deve aplicar a toda a gente e é preciso não deixar morrer a conquista”.

A comemoração do Dia Internacional da Mulher terminou com um jantar comemorativo em Alcaria, do qual os homens não foram excluídos. Segundo Garra, “esta prática é comum nas comemorações, pois só se acredita na conquista da igualdade feita entre mulheres com a ajuda de homens”.