Com cerca de 70 anos de existência, a Banda da Covilhanense alarga horizontes e introduz o Jazz na sua história. Por não existir nada semelhante em toda a região, e ser pioneira neste género musical, a banda espera uma receção contida, no entanto com o tempo, novos e variados fãs. 

O Masterclass “serve para dar a conhecer o Jazz e para divulgar abertura do curso”, “é para abrir o apetite e para ver qual o feedback das pessoas, a sua aceitação” explicou João Roxo, professor das aulas de Jazz. Se começar por existir um incentivo para o contacto com o Jazz será mais fácil de gostar, de compreender, de querer aprender e ficar realmente interessado numa cultura musical repleta de história, defendeu. 

As inscrições para o curso de Jazz iniciaram com o Masterclass, e prolongar-se-ão até abril, mês previsto para o início das aulas. O curso vai contemplar três vertentes que dizem respeito a diferentes graus de ensino. Curso de Iniciação para pessoas sem formação musical, Curso de Jazz que se destina a quem já tem conhecimentos na área, e por fim o Curso Livre, que se caracteriza por serem aulas individuais com o professor.   

Durante todo o dia alguns dos alunos da banda tiveram ensaios com Paulo Gaspar, o conhecido músico e artista da Yamaha, que realiza Masterclass por todo o país. Este tipo de iniciativas “são cada vez mais importantes, para divulgar um estilo musical ligado a contextos sociais obscuros” afirmou o músico, que pretende acompanhar a evolução o curso de Jazz.      

José Cavaco, coordenador e chefe máximo da Banda da Covilhã, tem boas perspetivas acerca do futuro do curso. “A Covilhã é uma cidade com grande apetência para a música” declarou. Revela também quais os objetivos e como surgiu esta ideia. 

Ao longo dos tempos o Jazz tem vindo a marcar território em Portugal, a prova disso são os cursos superiores nos institutos politécnicos, que são cada vez mais. Deixou de ser necessário recorrer a escolas clássicas para aprender este estilo musical. Com diferentes estilos musicais e “a nível auditivo um pouco desconfortável” explicou João Roxo, é o tipo de escola que ganha cada vez mais alunos.

Para encerrar o Masterclass, no final do dia o Clube 51 recebeu um Café-Concerto de um agrupamento de músicos profissionais, os TRITEC. A banda teve origem em Lisboa, no entanto três dos músicos integrantes pertenceram à Banda da Covilhã, não só como alunos mas também como professores. Enveredaram por cursos superiores de música e mantêm-se atentos a este tipo de iniciativas apoiando-as.