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Alunos estrangeiros recebem boas-vindas
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 19 de fevereiro de 2014 · @@y8Xxv Cerca de uma centena de estrangeiros vão estudar na UBI este semestre no âmbito dos programas de mobilidade. Procuram conhecer a cultura e os portugueses, mas há quem escolha a Covilhã graças à tradição têxtil. |
Na segunda-feira, os alunos participaram na sessão de Welcome Meeting |
22005 visitas Cilete Cândido e Brendon Magno. São dois dos brasileiros que, ao longo do segundo semestre que agora começa, vão frequentar a Universidade da Beira Interior (UBI) no âmbito dos projetos de mobilidade que todos os anos trazem à Covilhã algumas centenas de alunos. Ainda que escolhidos ao acaso, os dois estudantes estão no centro de um cruzamento histórico entre a UBI e os têxteis. “Portugal tem um desenvolvimento têxtil que me interessa. Eu queria ver esse polo têxtil. E do que pesquisei, percebi que a UBI é um local desse desenvolvimento”, disse Cilete Cândido, no final da cerimónia de receção aos alunos estrangeiros, que teve lugar na segunda-feira, dia 17. Brendon Magno vem da mesma Universidade – FUMEC – de Minas Gerais e traz planos para ficar mais tempo: “Venho completar o meu curso de Design de Moda. Estou no terceiro ano. Pretendo fazer as últimas matérias e avançar para o mestrado aqui”. O motivo da vinda é o mesmo. “Quero mexer muito na área têxtil e escolhi Portugal porque esse é o foco aqui”, conta.
Uma centena no segundo semestre Os dois alunos fazem parte de um conjunto de cerca de 100 estudantes que estarão os próximos seis meses na Covilhã ao abrigo de programas como o Erasmus, apesar deste projeto abranger apenas o espaço Europeu. Além do Brasil, vêm de países como a Eslováquia, Estónia, Grécia, Letónia, Polónia, Roménia, Turquia e Ucrânia. No total, este ano letivo regista a presença de 268 estudantes integrados nos programas de mobilidade. Em alguns casos, os protocolos estabelecidos entre as instituições de ensino e a UBI não permitem que seja outra a escolha na hora de vir para Portugal, mas isso não parece afetar as expectativas. Delia Maria Mihoc, romena natural da cidade de Iasi. Vem para frequentar Ciências da Comunicação e espera aprender português. “Adoro a cultura e língua portuguesas e ouvi uma série de coisas boas sobre a UBI”, explica a presidente, na Roménia, da Erasmus Student Network, instituição que acompanha os estudantes inseridos no programa. A combinação de expectativas, por vezes, cria alguns episódios curiosos. Ao mesmo tempo que refere querer conhecer melhor a cidade e as pessoas, Karol Mikulski, polaco a estudar Psicologia, optou por Portugal e pela Covilhã porque, refere, “o clima é mais quente e tem expectativas de ver o mar”. Natural de Bialystok, no centro da Polónia, vive a 400 quilómetros da costa do Mar Báltico.
Trocas culturais É desta procura e intersecção de experiências que se fazem os programas de mobilidade. Os planos de estudo correm em paralelo com o interesse em conhecer o País que os acolhe e, simultaneamente, dar conta da cultura dos próprios países. Uma parte dessa tarefa desenvolvida pela ESN da Covilhã. Depois do Welcome Meeting, programou um conjunto de atividades para esta semana. Ontem, houve o Eurodinner, onde os alunos vão mostrar os seus dotes culinários. Vai ainda decorrer um jantar convívio com fado, um dos pontos altos da cultura portuguesa, e um peddy paper para fazerem um tour pela cidade e conhecerem outros espaços além do percurso entre universidade e residência. Depois desta semana, terão a oportunidade de dar a conhecer aos alunos da Covilhã aspectos dos seus países. “No âmbito do Social Erasmus, alguns alunos estrangeiros, um por nacionalidade, dão aulas durante três semanas na Escola Internacional da Covilhã ao segundo, terceiro e quarto ano. Vão ainda às escolas secundárias apresentarem a sua cultura, isto para promover a internacionalização”, explica Tiago Sousa, vice-presente da ESN Covilhã, na qual colaboram 24 voluntários. Até ao final do ano, as cantinas da UBI vão confecionar regularmente um prato típico de cada país e vão ser ainda desenvolvidas atividades no Bar da AAUBI, “para promover também a cultura académica”, conclui Tiago Sousa. |
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