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Embaixadora apresenta desafios de Israel
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 12 de fevereiro de 2014 · @@y8Xxv De visita à região, Tzipora Rimon passou pela UBI, onde debateu com a comunidade universitária o passado e o futuro do Estado judaico. |
O Museu de Lanifícios fez parte do roteiro de Tzipora Rimon na UBI |
21977 visitas A passagem foi rápida, mas produtiva. Tzipora Rimon, embaixadora de Israel em Portugal, esteve na Universidade da Beira Interior (UBI), na quarta-feira, dia 5, e em poucas horas visitou o Museu dos Lanifícios – Núcleo da Real Fábrica Veiga – e conversou com professores e alunos. “Contactos que são uma prioridade da minha atuação”, disse no final. Depois da receção na reitoria da UBI, a representante visitou o Museu que simula uma fábrica e que retrata um sector onde a intervenção da comunidade judaica também desempenhou um papel importante. Depois, o encontro foi com elementos da Universidade. E, como delegada de um Estado colocado numa das zonas mais complexas do planeta – o Médio Oriente –, foi nesse tema que a conversa se centrou. A viagem percorreu a história da fundação de Israel e as atuais relações com os países vizinhos. “Foi muito importante para mim. Faço sempre encontros com reitores, professores e alunos. Falei de relações internacionais, principalmente da vida politica na região, que desafios temos e o alcance da paz. Tive muitas e boas perguntas”, considerou Tzipora Rimon. Na intervenção e nas posteriores perguntas de alunos e docentes, a embaixadora lançou aquelas que são as preocupações centrais do Estado judaico: “Hoje temos assuntos pesados para resolver: a capital Jerusalém, as fronteiras, os colonatos e água”. Tema forte à escala internacional é a situação iraniana. Tzipora Rimon considera que a eleição de um novo presidente no Irão trouxe alguma esperança, mas são necessárias alterações. “Queremos ver essa mudança. O programa nuclear continua ao mesmo nível. Hoje, fazem menos enriquecimento de urânio, mas mantêm todas as possibilidades de começar de novo”, alertou, lembrando que o programa nuclear “não é só contra Israel, mas contra o mundo inteiro”, porque o país “tem mísseis com capacidade de alcance, por exemplo, da Europa”. Quanto ao sentimento de segurança, transmitiu a ideia de que os avanços na tecnologia militar têm limitado os ataques e isso resulta em aspectos positivos: “As inovações militares foram usadas em tecnologia civil”. Mas nem só os conflitos estiveram em análise. A cooperação com a Jordânica e com a Palestina para combater a escassez de água na região foi destacada e exemplo dos intercâmbios que Israel quer ter no cenário internacional. E, no final, o balanço: “Queria um diálogo e não uma palestra e, por isso, foi positivo”. Quanto a promover maiores contactos entre a UBI e universidades israelitas, admitiu que “há sempre possibilidades”, mas refere que tem apenas o papel de “encorajar”. “Foi-me mostrada uma grande lista de relações com universidades de Israel. Os especialistas devem estabelecer esses contactos, mas poderemos acompanhar o assunto”, rematou. |
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