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"Vejo com bons olhos a proposta do IPG"
Rodolfo Pinto Silva · quarta, 29 de janeiro de 2014 · Continuado
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21955 visitas Um tema importante é a reestruturação do ensino superior. Tem tido um diálogo mais próximo com o Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Tem havido diálogo com os politécnicos. Da parte do IPG houve uma proposta mais concreta, de integração, que vejo com bons olhos. Neste momento, é um processo que demorará algum tempo. Os conselhos gerais também se pronunciaram porque a eles cabe a última decisão. Veria com bons olhos uma UBI muito forte no Interior, tal como foi o desígnio inicial em 1979, que se estendesse aos pólos urbanos da Beira Interior.
O secretário de Estado do Ensino Superior não parece muito adepto dessa solução.
O encontro com o secretário de Estado foi muito informal. Eu e o presidente do IPG tivemos um encontro no dia 9 de janeiro, em Lisboa, e não encontrámos a abertura que esperávamos para avançar para esta integração. Mas isso não significa que esteja posta de lado.
Já percebeu o que é que o Governo pretende? Aí é que está a dificuldade. Porque houve uma altura, logo após ter tomado posse, em que se falou de uma comissão liderada pelo professor Júlio Pedrosa, para apresentar propostas. Com estas iniciativas do secretário de Estado tem havido posições paralelas e essa até foi uma das causas para que o Conselho de Reitores, a 19 de novembro, tivesse cortado relações com o Governo. Pela primeira vez, houve um afastamento das instituições de ensino superior quanto à reorganização da rede. E não faz sentido, porque o secretário de Estado enviou uma carta em outubro aos conselhos gerais e aos reitores onde pedia sugestões e admitia a fusão ou integração de escolas dos dois sistemas. No último documento para o CRUP e conselho dos politécnicos rejeita a possibilidade.
O Politécnico de Castelo Branco está mais afastado do processo?
Não há menos diálogo. Os posicionamentos são diferentes. Enquanto o IPG claramente está em sintonia connosco - de criar aqui uma grande entidade de ensino superior -, Castelo Branco, mesmo com uma cooperação forte com a UBI que foi concretizada ainda há pouco tempo com um protocolo, entende que deve manter-se afastado de qualquer processo de fusão ou integração.
Esta região não será caso único, mas vive com algumas rivalidades. Neste caso, surpreende um pouco o diálogo entre a Guarda e Covilhã. Os bairrismos são um problema, sem dúvida. Mas temos de enfrentar um desafio, que não é só um desafio: é uma ameaça. A população está muito envelhecida e vamos enfrentar desafios tremendos no Interior. Nós temos que nos acautelar para os enfrentarmos. |
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