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Ideias quentes numa noite gelada
João Figueira · quarta, 1 de janeiro de 2014 · O fórum informal de ideias criativas, Pechakucha, regressou pela 3º vez ao Fundão no passado Sábado, 28 de Dezembro. O octógono da antiga Praça Municipal encheu com os que preferiram trocar o conforto do sofá, por uma noite de apresentação de novas ideias, conhecimento e inovação sobre diversas disciplinas como arquitetura, design, moda e animação, entre outras. |
21969 visitas Jean Barroca, que se assume como “teimosamente fundanense” apesar de não viver no Fundão, foi o primeiro orador a subir ao palco nesta terceira edição do Pechakucha no Fundão. Falou de pequenas iniciativas que fazem do espaço onde vivemos, um espaço onde as pessoas se sentem melhor, onde podem viver bem , ter a sua vida, o seu emprego, a sua família, e perceber o seu trajeto de vida. A Designer Ana Malta apresentou o processo criativo que levou à criação do logótipo do Living Lab, espaço instalado no local onde decorreu este evento. Tiago Mota, Miguel Taborda, João Antunes, da UBI, e um grupo de estudantes de Arquitetura designados por Haalpedrinha.05, apresentaram alguns projetos de arquitetura. José Centeio subiu ao palco para falar de microcrédito e apresentar alguns casos de sucesso. A moda esteve presente com Brígida Ribeiro, que falou de bolsos. Francisca Aranda apresentou o seu projeto de sabão natural. Gabriel Macchi, atleta para-olímpico, falou das suas vitórias e medalhas. Nelson Fernandes apresentou um projeto de animação. O comediante Joel Rodrigues falou de Stand-up comedy. Leonel Matias apresentou um projeto inovador de bicicletas personalizadas. Nuno Manuel Pereira desviou-se do formato e apresentou um pequeno espetáculo de vídeo mapping realizado especialmente para o evento. No palco estiveram ainda presentes Tiago Silva, desenhador ilustrador, Virgínia Batista, do Projeto Matriz, Marco Gabriel, da associação Beira Serra e Clara Boavida, da Criative Commons Portugal. Para além de ser uma janela de oportunidades, este evento serve para dar visibilidade a novos projetos. Aberto à população, qualquer pessoa, sem limite de idade, tem neste evento uma janela de oportunidades, seja qual for a área. Na edição anterior foram apresentados "projetos com alguma inovação ligados à agricultura e até alguns manifestos. Hoje, os projetos foram mais de âmbito social”, refere o promotor do evento, Pedro Novo. O conceito em si passa pela apresentação de uma ideia inovadora, no entanto o palco está aberto a todos os que queiram participar. Durante seis minutos, e tendo como pano de fundo 20 imagens com intervalos de 20 segundos que avançam de forma automática, os participantes tentam vender um produto ou ideia, mas podem igualmente partilhar com a plateia a viagem que fizeram às Maldivas e que achou memorável. “Qualquer pessoa pode falar do que quiser desde que não ofenda a plateia”, refere Pedro Novo. O que distingue este evento de outros TEDTalks é o conceito. Nos TEDTalks, a plateia em regra espera alguém com know-how em determinado assunto ou matéria, e transmite o seu conhecimento à plateia, num formato em pirâmide, de cima para baixo. O orador está lá em cima e sobre a plateia transmite o seu conhecimento. No Pechakucha existe uma inversão da lógica da pirâmide, onde “pessoas desconhecidas com projetos na gaveta sobem ao palco e tentam surpreender a plateia. O interesse reside aí mesmo, por norma num TEDTalks o orador é conhecido da plateia, a qual assiste com o conhecimento prévio do assunto a ser apresentado. No Pechakucha o orador é um desconhecido, e a plateia assiste na expectativa da surpresa, tentando perceber o que vai acontecer. |
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