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Bispo da Guarda preocupado com desemprego jovem
David Garcia · quarta, 25 de dezembro de 2013 · Região Na sua mensagem de Natal, D. Manuel Felício salientou os problemas sociais provocados pela crise. O prelado fez ainda uma declaração sobre o sacerdote recentemente condenado no Tribunal do Fundão por abuso de menores. |
Bispo da Guarda recordou a importância da família para superar as dificuldades |
21973 visitas Na tradicional mensagem de Natal, endereçada no passado dia 16 de Dezembro, D. Manuel Felício aproveitou para alertar para a falta de emprego que afeta a região e o país. “De facto, são muitos os que entre nós não têm trabalho. Outros têm trabalho, mas de forma precária porque não lhes garante um salário justo que permita a sustentação dos próprios e das suas famílias”, disse D. Manuel. O bispo da Guarda fez questão de destacar a situação dos jovens que “mesmo com diplomas de ensino superior são os mais atingidos, o que os obriga muitas vezes a decidirem-se pelo caminho da emigração, com prejuízo para o país”. “O Papa Francisco insiste em que precisamos de voltar a colocar no centro a pessoa humana e o trabalho” recordou D. Manuel, afirmando que “é bom não esquecer que na base da atual crise financeira está uma crise antropológica profunda, que é a negação da primazia e centralidade do ser humano relativamente a todos os processos de organização da sociedade, a começar pela organização do trabalho”. Do lado das soluções, o responsável eclesiástico disse esperar que a aplicação do próximo Quadro Comunitário de apoio permita o financiamento às empresas e “atenda às necessidades acrescidas da nossa região, que tem sido muito desprezada”. O bispo recordou ainda a importância das autarquias: “os responsáveis pela nossa governação local têm uma importante palavra a dizer, incluindo sobre discriminação justa em matéria de impostos”. No final da mensagem de Natal, o bispo da Guarda expressou a sua tristeza e comentou a recente condenação de um sacerdote por abuso de menores. “A mesma colaboração que, desde a primeira hora, garantimos aos tribunais civis e lhes continuaremos a garantir até ao fim, estamos a dá-la também ao tribunal eclesiástico competente para se pronunciar sobre esta matéria”. D. Manuel revelou ainda ter-se deslocado já duas vezes ao Vaticano para contactos sobre este assunto, lembrando que a pena canónica máxima a aplicar ao sacerdote pode ser "a expulsão do estado clerical”. |
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