A primeira edição do Observatório Solidário no grande auditório da FCS começou com discursos de apoio aos alunos e famílias em dificuldades económicas. Luís Taborda, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde, fez a abertura da noite e realçou a importância de eventos deste cariz para uma intervenção mais eficaz nas condições de vida dos estudantes.

A tuna feminina C’a Tuna aos saltos foi a primeira a atuar, seguida pela interpretação da Banda Orfeu. O Trio Ímpar proporcionou ao público atuações em saxofone, violino e piano. O concerto terminou com as atuações da Tuna – Mus e da violinista Sofia Lima, em parceria com a Orquestra de Câmara.

Álvaro Ferreira, elemento da Tuna–Mus e organizador do evento, afirmou ser um orgulho associarem-se a estas causas e sentir que o reportório satisfez a plateia: “A Tuna–Mus procura aliar-se em todos os aspetos à UBI, especialmente ao lado dos alunos das Ciências da Saúde. O concerto foi um sucesso, contudo é de lamentar que apenas os docentes estejam presentes.” A época de exames pode ter sido a razão para que o público da faculdade e da academia não marcassem presença no espetáculo. “Ao contrário das nossas expetativas, a academia não acolheu o concerto solidário da forma como esperávamos. Estamos em final de semestre e o estudo para os exames exige dedicação e pouco tempo para o lazer”, referiu o estudante.
Para Álvaro Ferreira, a solidariedade é uma das metas da organização e que a “luta para travar as dificuldades económicas não vai terminar.”

A violinista do Trio Ímpar, Sofia Leandro, diz que é gratificante sentir que a música alcança este tipo de causas sociais: “Atuarmos a favor destes projetos deixa qualquer artista satisfeito. Apesar da pouca assistência, Sofia Leandro considerou que o espetáculo correspondeu às expetativas da banda. “ O carinho e admiração fez-se sentir por parte do público”, realçou a cantora.

A banda Orfeu foi a primeira vez que atuou no âmbito de um concerto solidário e na Covilhã. André Valente, elemento dos Orfeu e da Tuna-Mus, afirmou que é essencial a realização deste tipo de iniciativas dado o momento atual de crise para os jovens. “Estudar torna-se cada vez mais complicado, os custos são enormes e a maioria das famílias portuguesas não tem capacidade financeira para os suportarem”, afirma o estudante. André Valente considerou a noite como "um marco na história da banda", e espera voltar.

Entre a assistência, José Rosa, docente da UBI, salientou o valor solidário do projeto e os convidados com qualidade artística. “Sempre que hajam projetos desta natureza, devemos participar e hoje foi lamentável a pouca adesão da comunidade. É uma iniciativa meritória da FCS e dos estudantes.”, disse. As atuações surpreenderam, como José Rosa a destacar a violinista do Trio Ímpar como “magnífica”.