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Brasil, descoberta ou achado?
Cátia Damas e João Figueira e Liliana Santos e Luis Almeida e Joana Vilar · quarta, 8 de janeiro de 2014 · Continuado
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21987 visitas No ano de 1500, partiam do porto de Lisboa 13 navios com 1500 de homens, comandados por Pedro Álvares Cabral. A armada devia navegar em direção à Índia, que Vasco da Gama já antes alcançara, e aí relacionar-se comercialmente com os nativos, se possível, ou impor a sua força se necessário. Mas uma tempestade desviou Álvares Cabral e seus homens da rota pretendida e, ainda nesse mesmo ano de 1500, avistaram Terra. Era quarta-feira, 22 de Abril, quando os portugueses a bordo da nau avistaram “um grande monte, muito alto e redondo” e a Sul dele “terra chã com arvoredos”, como contou Pêro Vaz de Caminha em carta enviada ao Rei D. Manuel. Pedro Álvares Cabral logo deu nome às terras conhecidas. Ao “monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à terra a Terra de Vera Cruz”, escreveu Pêro Vaz de Caminha. Sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, muitos mitos existem até hoje. O Museu “À Descoberta do Novo Mundo” dá conta dessa realidade. Há uma corrente de historiadores que afirmam que D. João II escondeu a descoberta do Brasil (que defendem já ter sido feita antes de 1500) para poder mais facilmente negociar o Tratado de Tordesilhas. No entanto, até aos dias de hoje não se encontrou nenhum indicio que provasse esta teoria. A ocasionalidade da descoberta é defendida pela maioria dos historiadores, e vai de encontro ao que hoje se sabe: em 1500, Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil e não o achou. A maior prova disso é o facto de que em 1500 a Nau Gaspar de Lemos, pertencente à Armada de Cabral, foi enviada com certo risco ao Reino para dar novas da descoberta. |
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