A Universidade da Beira Interior (UBI) juntamente com sete entidades portuguesas e espanholas vão cooperar para que o trabalho de investigação que é feito nas instituições de ensino envolvidas no projeto possa ser aproveitado pelo mundo empresarial. Com a designação de INESPO II – Innovation Network Spain-Portugal o plano é apoiado por fundos europeus e destina-se a ajudar alunos e investigadores a chegar ao mundo dos negócios.

A primeira reunião do projeto, na segunda-feira, dia 16, juntou na mesma mesa representantes das instituições que vão colaborar até meados de 2015, com um financiamento global de um milhão de euros. Dinheiro que será canalizado para várias atividades, “desde a seleção de três ou quatro boas ideias em cada universidade”, explica Mário Raposo, vice-reitor da UBI e anfitrião do encontro que teve lugar na UBI.

A essa seleção seguem-se ações de coaching ou outras que ajudem os participantes a adquirir competências para desenvolverem o seu negócio. “Há ainda iniciativas que passam por dar apoio ao nível da internet e de sensibilização para o empreendedorismo e a inovação”, refere ainda o responsável, resumindo: “No caso deste projeto, queremos ajudar os alunos a encontrar os meios de chegarem ao mercado com as suas ideias e os seus produtos”.

Cooperam no INESPO II, além da UBI, as universidades de Aveiro e Coimbra. Da parte espanhola são parceiras as fundações gerais das universidades de Salamanca, Leão, Valhadolid e a Universidade Pontifícia de Salamanca. Ainda do lado português está associado o Conselho Empresarial do Centro/Câmara de Comércio e Indústria do Centro.

Para a UBI, ser líder do projeto representa o reconhecimento que a instituição tem alcançado no campo do empreendedorismo. “É mais uma atividade que vem consolidar a nossa imagem nesse âmbito, a nível nacional e internacional”, salienta Mário Raposo. “Acaba também por divulgar aquilo que a universidade é capaz de fazer em prol do país, da economia e da região”, acrescenta o vice-reitor da UBI.

O INESPO II sucede a uma primeira versão do projeto que terminou em junho. Em moldes diferentes, destinou-se mais à criação de instrumentos de auxílio aos empreendedores, nomeadamente na conceção de manuais de apoio para o desenvolvimento de patentes, desenvolvimento tecnológico e também a ações de sensibilização.

“É claro que em resultado disso acaba sempre por se desenvolver um conjunto de projetos que depois se traduzem em ideias empresariais”, segundo Mário Raposo, acrescentando que “algumas delas estão em fase de desenvolvimento e incubação”.