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O Desafio da Dissertação
Liliana Santos · quarta, 11 de dezembro de 2013 · @@y8Xxv A exposição de linhas orientadoras para que os atuais e futuros mestrandos de Economia construam uma boa dissertação foi o principal objetivo da conferência "O Desafio da Dissertação: partilha de experiências". |
Da esquerda para a direita: Catarina Gaspar, Rui Flora, Carlos Valério, Joana Leitão e Luís Marques compunham o painel de mestrandos que partilharam as suas experiências com o auditório. |
21987 visitas Foi num ambiente de proximidade entre alunos e professores que se realizou a conferência "O Desafio da Dissertação: partilha de experiências", no âmbito da unidade curricular de Metodologia de Investigação Económica do 2.º Ciclo em Economia da UBI. A sessão, destinada a alunos dos 1.º e 2.º Ciclos de Economia, dividiu-se em duas partes. A primeira parte, "Orientação, arguição e defesa da dissertação", esteve a cargo dos professores do departamento de Gestão e Economia, António Marques, Alcino Couto e José Alberto Fuinhas. Para Alcino Couto, a dissertação "tem regras muito específicas e está sujeita a um escrutínio diferente dos restantes trabalhos académicos, representando, por essas razões, um desafio". Trabalhar um tema que se queira conhecer em estreita colaboração com o orientador, o comprometimento com o projeto, a fixação inicial de objetivos, a capacidade de resolução de problemas e a forma de escrever são, para Luís Marques, "os seis principais ingredientes" para que os mestrandos possam construir uma boa dissertação. A segunda parte, "Mestrandos: experiências e obstáculos", levou à mesa da conferência atuais mestrandos e mestres em Economia. Rui Flora, Luís Marques, Catarina Gaspar, Joana Leitão e Carlos Valério constituíram o painel de convidados que partilharam experiências e conselhos com os colegas que pretendem prosseguir os estudos. Rui Flora já é mestre em Economia e revela que a principal dificuldade que sentiu foi "encontrar um modelo para trabalhar a nível teórico". Desvaloriza, no entanto, as dificuldades e afirma que "a vontade em atingir o próximo passo" é o principal segredo para se concluir a dissertação. À semelhança de Rui Flora, também Luís Marques é mestre em Economia. "O mestrado sempre foi o meu objetivo principal desde que entrei na licenciatura", confidenciou aos colegas. Para o ex-aluno, tirar o mestrado "foi uma aposta ganha", uma vez que foi imediatamente chamado para um estágio na Caixa Geral de Depósitos. Luís Marques aconselha os colegas a "não desanimar face às dificuldades encontradas" e a "trabalhar a dissertação usando dados de outros países", para terem mais hipóteses de verem o seu trabalho publicado. Para Catarina Gaspar, atual mestranda, "esclarecer as dúvidas com outros colegas e estabelecer um trabalho de interajuda" é parte do sucesso da sua dissertação. "Devemos olhar para a proposta de dissertação como aquilo que ela nos vai dar e não aquilo que os outros vão ler", é outro conselho da aluna. Joana Leitão e Carlos Valério estão ainda na fase inicial do mestrado, mas já se deram conta de que "os alunos não vêm preparados para este grau de exigência". Carlos Valério explica o principal motivo: "Nós, na licenciatura, somos formatados para fazer cadeiras, no mestrado já somos obrigados a relacionar os conceitos de todas as cadeiras, o que exige uma entrega maior dos alunos". Concluir uma dissertação com sucesso pode ser uma tarefa difícil quando os mestrandos não estão familiarizados com as ferramentas que lhes permitam levar o trabalho a bom termo. José Alberto Fuinhas, organizador do evento, explica que o principal objetivo da conferência é que os alunos se familiarizem com o processo de elaboração de uma dissertação: "Como isso ainda é muito difícil nos alunos que ainda estão no primeiro semestre do curso, optou-se por fazer isto num modelo de aprendizagem, no qual os alunos possam aprender com a experiência de outros que passaram por essas etapas". |
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