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Cinema Drive in recriado por alunos da UBI
Urbi · quarta, 4 de dezembro de 2013 · @@y8Xxv O parque de estacionamento da discoteca Companhia Club esteve destinado à exibição de cinema, na noite de sábado. Uma forma de divulgar a sétima arte e contribuir para a reanimação cultural da Covilhã |
Dinamizar espaços poucos habituais para a promoção de atividades culturais foi um dos propósitos do Revitalizarte |
21984 visitas Um parque de estacionamento na Covilhã, uma tela, luzes apagadas e som. Este foi o enquadramento para a exibição, na noite de sábado, dia 30, do filme “Estrada de Palha”, de Rodrigo Areias, um western que tem como cenário a vila de Alpedrinha, no concelho do Fundão. Um género cinematográfico com muita história, projetado em ambiente de Drive in à moda antiga, mas que quer renovar a ligação da cidade ao que se faz no âmbito do curso de Cinema da Universidade da Beira Interior (UBI). “Revitalizarte” foi o título do projeto de três alunos de uma disciplina de seminário de Cinema, com o objetivo de revitalizar alguns espaços “meio desabitados e insuspeitos do ponto de vista do cinema na Covilhã”, explica Ana Catarina Pereira, docente da disciplina. Conjugado este objetivo com a divulgação do cinema português e particularmente aquele que é feito na UBI, às novas gerações, Cátia Pereira, Sara Gradiz e Diogo Mascarenhas, alunos do 3.º ano, experimentaram os desafios de trabalhar como se fossem programadores culturais. “Eles não vão ser todos realizadores, produtores ou técnicos de som. Há uma das saídas profissionais que não é a mais mediática, mas é talvez uma das mais interessantes que é precisamente a de organização cultural”, explica a docente, satisfeita com a opção dos alunos, que atraiu espectadores em mais de 12 viaturas: “Um Drive in é aquele cinema que nós vimos nos anos 20 e 30, a partir dos carros, aquela ideia romântica do cinema ao luar”. Na véspera, uma das lojas vazias da Rua Direita também foi transformada em sala de exibição. O programa incluiu três curtas-metragens de alunos da UBI, seguidas de “A Costa dos Murmúrios”, de Margarida Cardoso. Cátia Pereira, uma das alunas envolvidas na organização, destaca o papel de eventos como este para divulgar a arte e dar vida a espaços abandonados ou pouco utilizados na cidade. “Estamos a usar estes dois eventos como uma mensagem e quase como uma dica para futuros cineastas e não só”, afirma, consciente de que organizações destas podem colmatar a falta de iniciativas culturais que sente existir. “É preciso trazer mais iniciativas, de todas as áreas da arte”, conclui. |
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