Segundo o realizador “este projecto teve início quando a Loja Arte da Terra me convidou e à Susana Costa para fazer a captura dos processos de trabalho e fabrico de diversos artesãos portugueses”.

Os cineastas procuraram então criar uma narrativa centrada no enquadramento do artesanato no mundo actual, na importância da utilização de produtos locais no quotidiano e no consumo em geral. A curta trabalhou temas como a autonomia no trabalho, o trabalho por conta própria, e o autosustento.

“Em resumo, tentamos trabalhar o lado social, mostrando o contraste do artesanato com a tendência globalizada do comércio, e as dificuldades crescentes de subsistência de quem vive do artesanato” acrescentou João Garrinhas.

Segundo a organizadora do evento Patrícia Paixão “esta exibição esteve inserida no Projecto PROUT ou Teoria de Utilização Progressiva, que é uma teoria socioeconómica desenvolvida em 1959 pelo filósofo indiano Prabhat Rainjan Sarkar, e que pretende sintetizar as dimensões físicas, mentais e espirituais da natureza humana.”

Esta mesma teoria é representada no nosso país pela PROUTugal, uma organização sem fim lucrativos que procura consciencializar e alertar para a economia local, para a sustentabilidade e equidade, e também para a criação de zonas descentralizadas e auto-suficientes.

Segundo a jovem estudante a próxima iniciativa desta Organização na Covilhã terá lugar no dia 11 de Dezembro, no Teatro das Beiras, e contará com a exibição da galardoada longa-metragem documental “Pare, Escute, Olhe”de Jorge Pelicano.