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Ataúde abre a mostra de criadores emergentes 2013
Catarina Silva · quarta, 27 de novembro de 2013 · A morte como rutura, mudança, abandono e reconquista. Este foi o tema central da peça Ataúde, de Inês Oliveira, inserida no cartaz do 1º andar - mostra de criadores emergentes 2013. |
Imagem retirada da Internet. |
21968 visitas O Teatro das Beiras abriu as suas portas para a exibição de uma peça de dança e teatro a solo. “Ataúde” foi a escolhida para abrir a mostra de criadores emergentes deste ano. O evento, realizado há cinco anos, é organizado pela Associação de Artes Performativas da Covilhã, “Quarta Parede”, e conta com a exibição de três espetáculos de novos artistas em três cidades da região. As peças apresentadas são escolhidas para dar visibilidade a novos projetos protagonizados por elementos que tenham no seu historial apenas duas criações. A peça “Ataúde”, de Inês Oliveira, foi a escolhida para abrir o evento de 2013 na passada noite de 19 de novembro, na cidade da Covilhã. Este trabalho representa um projeto satélite da companhia de artes e entretenimento “Circolando”, que apoia o espetáculo. O primeiro trabalho a solo da jovem artista foca-se no encontro com a morte e nos diferentes estágios que esta atravessa, remetendo para as várias maneiras de lidar com a morte nas várias culturas. O espetáculo, com duração de cerca de 50 minutos, é caraterizado pela utilização de apenas uma partitura musical, o que exige à artista uma capacidade de improvisação e orientação do tempo durante a peça, acabando por ser apresentada sempre de maneira um pouco diferente nos vários locais da sua exibição. Passando pelo Norte e Centro do País, a peça foi também exibida no Equador, o que permite uma diferenciação do feedback do público: “Culturalmente, os países da América do Sul são muito distintos de Portugal. As pessoas são muito mais espontâneas, são mais despertas e participam mais nas conversas realizadas no fim do espetáculo”, explica Inês Oliveira. Ainda que um pouco comedido na conversa com a artista, o público, maioritariamente jovem, encheu praticamente a sala de espetáculos. Agradado com a adesão do público, Rui Sena, diretor artístico da “Quarta Parede”, disse ter sido "este o espetáculo que teve mais público durante os cinco anos do evento. De qualquer maneira, a adesão tem sido elevada, o que demonstra uma reviravolta quando se pensa que os jovens criadores não são conhecidos, não atraem o público. A verdade é que eles podem, muitas vezes, ser apetecíveis em termos de trabalhos e dos temas que vêm propor”. O “1º andar” contou ainda com dois espetáculos, durante a mesma semana, em Castelo Branco e no Fundão, “Hale” e “Salomé perdeu a luz”, respetivamente. |
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