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Obra consagrada de Santo Agostinho revisitada em Colóquio Internacional
Liliana Santos · quarta, 20 de novembro de 2013 · @@y8Xxv O colóquio "Amores duo, civitates duas", comemorativo dos 1600 anos do início da redação da obra "De Civitate Dei", de Santo Agostinho, decorreu nos dias 14 e 15 de novembro na Universidade da Beira Interior. |
O colóquio internacional propôs uma releitura da obra "De Civitate Dei", aplicada aos tempos modernos, 1600 anos depois. |
22003 visitas Pensar uma obra da Filosofia Clássica na contemporaneidade e refletir sobre as questões intemporais que levanta "De Civitate Dei", traduzida como "A Cidade de Deus", foram os principais objetivos do colóquio internacional organizado pelo Instituto de Filosofia Prática, no Museu dos Lanifícios. "É a primeira narrativa explícita e consciente de uma e única História Universal, de cunho providencialista, e da construção teórica da unidade de todo o género humano", sublinham António Bento e José Rosa acerca da importância de "De Civitate Dei" para a História da Filosofia. José Rosa esclarece que "não é por uma razão de curiosidade histórica que se revisita a obra de Agostinho". "As questões fundamentais que esta obra levanta, escrita num momento problemático da queda do império romano, permite, de algum modo, questionar sobre sobre a época em que vivemos, que é, também, de certa forma, um período de queda de alguma coisa", defende o organizador. José Rosa considera fundamental a revisitação desta obra da Filosofia Antiga "se queremos ser protagonistas e ativos na construção da nossa própria História". A obra de Santo Agostinho no seu contexto histórico, catastrófico, cultural e intelectual, a exposição de algumas linhas fundamentais da filosofia da história concebidas pelo autor e a reflexão de algumas conceções clássicas agostinianas face à atualidade, foram os principais tópicos que constituíram o cerne do evento. Ao todo 13 comunicações foram apresentadas durante os dois dias do colóquio internacional, que reuniu três reputados especialistas espanhóis e dez portugueses do pensamento filosófico-teológico de Santo Agostinho: Jaume Aurell, Montserrat Herrero e Ángel Poncela, representaram a Universidade de Navarra e a Universidade de Salamanca; José Rosa, Manuela Martins, Leonor Xavier, António Rocha Martins, Américo Pereira, Diogo Barbosa, Ana Rita Ferreira, Filipa Afonso, José Domingues e António Bento, estiveram em representação da Universidade da Beira Interior, da Universidade Católica do Porto e Lisboa, da Universidade de Coimbra e da Universidade de Lisboa. No final do evento, os organizadores mostraram-se satisfeitos com mais uma jornada. O colóquio integra uma tradição de conferências, no âmbito da História do Pensamento Político, de revisitação de obras de autores consagrados, entre os quais se destacam Maquiavel, Aristóteles e Baruch Espinoza. |
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