Um dos principais objetivos do congresso da Sociedade Portuguesa de Simulação foi o de promover, tanto a nível nacional como internacional, a partilha e a experiência na área do ensino biomédico com recurso a simuladores.

Miguel Castelo Branco, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS), considera que a simulação médica é essencial para o treino dos profissionais de saúde. “A simulação médica é um recurso que já se usa há muitos anos tendo havido um desenvolvimento muito grande e importante e faz todo o sentido utilizá-lo na formação dos profissionais de saúde porque se estes vão tratar de pessoas, é importante que tenham algum treino e a simulação médica permite isso”, afirma. 

As simulações são efetuadas no Laboratório de Competências (LaC) da FCS e abrangem diversas vertentes para os vários cursos da Faculdade. "Trabalhamos em simulação no LaC e noutros ambientes da Faculdade, em simulação avançada e em simulação mais médica também para os alunos de farmacêuticas e para os alunos de outros cursos. Desta forma, a simulação acaba por ser um método de aprendizagem excelente” refere Luís Patrão, um dos organizadores do congresso e coordenador executivo do LaC. Estas simulações são praticadas em robôs idênticos ao corpo humano que são programados para terem sintomas, reações ou até mesmo falar, como se de uma pessoa se tratasse. 

Ao longo do congresso decorreram também workshops, uns com vertente mais médica e outros em áreas diferentes. O workshop de Caracterização de Pacientes Simulados teve como função mostrar como se usam os kits de maquilhagem para “criar situações de simulação, por exemplo, como utilizar a maquilhagem, cremes e pós, como simular uma queimadura, entre outras situações”, diz Ruby Krauss.

Este congresso foi organizado em parceria entre o SPSim eo Centro Hospitalar e a Faculdade de Ciências da Saúde da UBI, e contou ainda com a presença de professores, diretores de institutos e coordenadores de outros países relacionados com a área da saúde.