Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
"Vamos mover juntos"
Solange Monteiro · quarta, 20 de novembro de 2013 · @@y8Xxv Fome, pobreza, revolução, cooperatividade. Foram estas as palavras mais marcantes presentes no discurso de um homem que quer um mundo melhor e luta em prol da Humanidade. |
Dada Maheshvarananda |
21966 visitas Foi com um espírito revolucionário que Dada Mahesvarananda, monge, ativista, escritor e diretor do Instituto de Investigação de PROUT, na Venezuela, deu início à palestra sobre “Democracia Económica” que decorreu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, no passado dia 14 de Novembro. A democracia económica é um sistema que defende a mudança do poder de decisão das atividades económicas para a população local. A ideia que está na fundação da democracia económica é que os seres humanos não podem ser escravos dos quem têm o poder económico. A economia é descentralizada e assenta na cooperatividade, garantindo desta forma as necessidades básicas. Dada Mahesvarananda considera que este sistema é melhor do que a democracia política devido à fome e à pobreza atuais. "Há recursos suficientes para todos e devemos compartilhar de forma racional”, refere Maheshvarananda. O monge, que se autointitula como revolucionário, escolheu a vida monástica e ativista porque “o mundo está a sofrer muito, há sofrimento e pobreza desnecessários”. Custa-lhe ver o estado em que está o mundo e diz que pode sacrificar um pouco de si próprio em favor dos outros. “Porque é que as pessoas não são mais cooperantes?”, perguntou o monge ao público. As respostas foram variadas, no entanto todas concordaram que a sociedade está cada vez mais individualizada e de olhos postos na obtenção máxima de lucro. Durante a palestra, Dada Maheshvarananda desafiou o público a participar em alguns jogos de cariz cooperativo como ser guia de uma pessoa de olhos fechados ou fazer um círculo e massajar a pessoa da frente. O objetivo foi mostrar que ajudando o outro a superar as suas dificuldades também se ganha e é um lucro muito mais recompensador do que o económico. Isabel Martins, aluna de Ciências da Comunicação, disse que a palestra foi muito interessante e enriquecedora, pois nunca tinha ouvido falar em democracia económica. Defendeu ainda que esta solução seria melhor e mais benéfica para todos. Este evento foi organizado pelo Grupo PROUTugal e Prout Research Institute of Portugal e fez parte da promoção do Fórum Internacional de Democracia Económica realizado nos dias 16 e 17 de novembro, no Instituto Francês, em Lisboa. A palestra era dirigida a estudantes e professores universitários, ONGs, associações, ativistas e opinion makers, contudo, apenas alguns estudantes estiveram presentes. |
GeoURBI:
|