A palestra proferida pelo Teólogo Vasco Pinto de Magalhães trouxe ao auditório um tema que não é do agrado nem primeira escolha de ninguém: a morte. Realidade incontornável, para o teólogo “ela está sempre aí, impõe-se-nos, mas nós rejeitamo-la”.

Sob o olhar atento dos alunos, o orador pretendeu chamar atenção para as práticas da medicina. Mais do que fazer um apelo à moral e à ética no exercício da profissão, o teólogo procurou questionar o entendimento de cada um perante a própria existência humana. Vasco Pinto de Magalhães diz que “ ter consciência da realidade sem preconceitos, e encontrar em cada caso um caminho mais humano e mais justo, é a forma mais simples de aceitar o processo de transição da vida para a morte”.

Num campo de perspetivas diversas e complexas, a palestra foi substituída por um debate. Entre os futuros médicos e o conferencista, surgiram questões contraditórias. Este último afirma que “as práticas dos profissionais passam pelo respeito junto dos pacientes, e claro ter na prática as premissas éticas” como fio condutor. Carlos Vidal, aluno de Medicina diz que “os médicos estão a ficar máquinas, e por isso estas questões éticas devem ser discutidas”.

A palestra terminou com uma reflexão sobre as práticas que o médico deve adequar à sua tarefa profissional, “não só tirar a dor ao doente, mas também proporcionar um caminho mais libertador” como referiu Vasco Pinto de Magalhães. O trabalho do médico é ”mais do que consultar e medicar”.