Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
As novidades da cibercultura
Urbi · quarta, 6 de novembro de 2013 · @@y8Xxv Um dos maiores especialistas da área da cibercultura visitou a UBI no âmbito de uma parceria entre o Laboratório de Comunicação Online (LabCom) e a Universidade Federal da Bahia, no Brasil. As mais recentes evoluções tecnológicas da área estiveram no centro do minicurso de três dias, orientado pelo investigador. |
André Lemos apresentou as suas pesquisas aos alunos da Faculdade de Artes e Letras |
21968 visitas “Teoria Ator-Rede e as Contingências do Espaço e do Tempo” foi o título do seminário de três dias que decorreu na passada semana na Faculdade de Artes e Letras, na Universidade da Beira Interior. André Lemos, docente e investigador da Universidade Federal da Bahia, no Brasil, foi o orador convidado para este evento. Lemos proferiu um conjunto de palestras para os alunos dos cursos associados a esta faculdade. Lições que abordaram também a “Cartografia da Controvérsia”, como apelida o investigador alguns dos estudos que tem feito sobre a relação entre o homem e a tecnologia. O docente da academia brasileira tem vindo a desenvolver os seus principais trabalhos no âmbito das novas tecnologias da comunicação e informação e a interface entre estas evoluções e o utilizador. Ao longo das palestras apresentadas a estudantes de Ciências da Comunicação, Design Multimédia, Cinema e outras formações, André Lemos viajou pelas mais recentes tecnologias e também por todo o conjunto de alterações que as mesmas provocam no quotidiano das pessoas. “Ter hoje a capacidade de registar tudo em todo o lado e mostrar a quem quer que seja é uma evolução que mexe com qualquer sociedade e com qualquer relacionamento entre as pessoas”. Para Lemos “a técnica e a sua relação com a sociedade está sempre no epicentro de todas as controvérsias ligadas às tecnologias”. Nos seus estudos e nas várias análises que tem vindo a realizar à relação entre o homem e a tecnologia, o docente da Universidade da Bahia aponta para o facto que as evoluções e as novas ferramentas comunicacionais “nada mais são do que uma tentativa de desenvolver as novas ações da sociologia da mobilidade”. Outra das linhas de intervenção de André Lemos aponta para as marcas da utilização das novas tecnologias. Num período em que mais do que nunca se discute o controlo dos cidadãos pelas suas marcas de utilização de tecnologias, o docente lembra que são as pessoas “a criar um enorme conjunto de dados que fica disponível para os interessados trabalharem como muito bem entendem”. O docente brasileiro lembra “a utilização de telemóveis, de mensagens informáticas, de registo de pagamentos e aquisição de bens” como alguns exemplos de controlo tecnológico. Todas estas funções acabam por dar origem a percursos que são monitorizados “quer por governos, empresas, mercados, etc.”. Daí que André Lemos defenda a teoria de que “hoje a tecnologia é utilizada para vigiar pessoas de forma permanente e difícil de detetar”. O investigador da Universidade da Bahia confessa, ainda assim, grande valor nos avanços que são introduzidos pelas novidades. A boa utilização destas ferramentas pode ser utilizada para que “se consiga aproveitar todo um mundo de dados e entender como a sociedade se agrega”. Para o docente brasileiro, “há todo uma cartografia de tecnologias que nos permite hoje compreender o comportamento social”. Lemos tem vindo a desenvolver outros trabalhos na Teoria Ator-Rede, Internet das Coisas, Big Data e Smart Cities. |
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