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Corrupção em discussão na UBI
Gonçalo Silva · quarta, 23 de outubro de 2013 · Da corrupção à crise, o que fazer? Breves considerações sobre as Autárquicas foi o tema da conferência apresentada por Paulo de Morais, no dia 17 de outubro, na FCSH-UBI. |
A corrupção e a crise em discussão |
21955 visitas O Anfiteatro da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH-UBI) recebeu na passada quinta-feira, dia 17, o docente da Universidade Lusófona do Porto, Paulo de Morais. Convidado pelo Grupo de Estudos Políticos para se debruçar sobre a temática da corrupção em Portugal, Paulo Morais começou o seu discurso afirmando que Portugal se encontra numa situação alarmante de impotência perante a impunidade, criticando as atuais políticas do País. Numa retrospetiva, o convidado explicou que casos como a Expo 98, que ”ainda hoje se paga devido aos exageros dos gestores”, ou sobre o Euro 2004, que levou à construção excessiva de estradas e estádios que beneficiaram interesses de terceiros. Falou ainda do caso BPN, que causou mil milhões de Euros de prejuízo ao Estado devido aos muitos incontáveis empréstimos sem garantia que o banco fazia. Por fim, Paulo Morais falou ainda da chamada bolha mobiliária, considerada um “negócio tão rentável quanto a droga”. Casos que tornaram Portugal num dos mais corruptos da Europa e que mais se degrada com a corrupção. Apesar de tudo, Paulo de Morais considera que há solução para a corrupção em Portugal, e que passa por três sectores. O primeiro seria aumentar a transparência orçamental, com o governo a explicar ao povo português onde vai buscar e onde gasta o dinheiro. O segundo seria uma simplificação legislativa: se as leis “forem mais simples, mais difíceis será a capacidade de as infringir”. Para último sector, Paulo Morais pede que se crie um tribunal que combata a corrupção e que tenha recursos para combater a impunidade. No final, Paulo de Morais deu espaço para que o público presente pudesse expor dúvidas. Em resposta a uma das questões acerca da situação e futuro do País, o docente disse acreditar em Portugal. “O que está a correr mal é a política. Mude-se a política e tudo e mudará”, referiu. Esta conferência contou com a presença de alunos e professores de Gestão e de Economia, e do presidente da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. |
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