O Centro Hospitalar Cova da Beira (CHCB) está a colocar aos utentes uma pulseira de identificação com o seu nome, data de nascimento e número de processo clínico, informações que servem como forma de evitar erros clínicos e aumentar a segurança do doente.
Em nota à comunicação social, os responsáveis por aquela unidade hospitalar explicam que as pulseiras são aplicadas a doentes que dão entrada nas urgências - para lá das pulseiras correspondentes ao processo de triagem - naqueles que são internados, em pacientes que vão realizar exames ou cirurgias mas não requerem internamento.
Usadas uma única vez, “as pulseiras obedecem a um código de cores e incluem sinalização específica para doentes que correm risco de queda ou sofrem de algum tipo de alergia conhecida”, destacou Miguel Castelo Branco, presidente do conselho de administração do CHCB. “Esse é o principal fator de inovação introduzido nesta medida”, concluiu.
As reações alérgicas a medicamentos ou a outras substâncias constituem um problema importante na prática do profissional da área da saúde, podendo ser causa de hospitalização, de aumento do tempo de internamento e, até mesmo, de morte.
A identificação de alergias, sendo parte integrante da história clínica do doente, é “uma informação que deve estar facilmente visível e acessível durante os cuidados em ambiente hospitalar. A identificação segura e rápida do tipo de alergias/reações adversas anteriores é essencial para aumentar a segurança no tratamento do doente”, disse Catarina Mateus, coordenadora do Gabinete de Qualidade. A avaliação dos doentes é feita serviço a serviço mediante uma escala estabelecida e devidamente validada. Trata-se de um processo de melhoria da qualidade, intensificado em 2012 e que, este ano, foi candidatado ao concurso de Boas Práticas em Saúde organizado pelo Fórum Hospital do Futuro.
Segundo os últimos dados da Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS), o erro de identificação do paciente está na origem da maior parte dos processos contra hospitais por alegada assistência médica deficiente. A medida registou uma adesão de 98 por cento por parte dos profissionais de saúde, segundo dados do Grupo de Melhoria da Qualidade e Segurança do Doente que auditou processos de 2287 utentes que entraram em 22 serviços do CHCB no ano passado. Em 2012 os serviços produziram mais de 82 mil pulseiras que identificaram mais de 60 mil utentes.