Chega hoje ao fim mais de uma década de colaboração no URBI, de 2002 a 2006 como diretor-adjunto e, a partir de 2007, como diretor.

Ao longo deste tempo o URBI foi sofrendo alterações ao nível do layout e da linguagem, neste último caso como resultado do meu próprio trabalho de investigação. Por isso mesmo, o URBI tem sido um laboratório para os alunos da licenciatura em Ciências da Comunicação e do mestrado em Jornalismo, mas também um produto jornalístico de características únicas ao nível da linguagem. A gramática multimédia aqui usada resulta da investigação desenvolvida e é hoje objeto de estudo na área.

Nos últimos anos deixei de escrever artigos de opinião e reduzi ao mínimo a minha interferência na linha editorial do jornal. Isto porque numa primeira fase me envolvi na campanha para o primeiro Conselho Geral da UBI e participei nesse mesmo órgão, situação que se repetiu nos recentes atos eleitorais que conduziram à eleição do atual Reitor.  Este afastamento permitiu que o jornal mantivesse a sua independência sublinhando assim o seu estatuto de jornal de toda a universidade. Na última segunda-feira, ao assumir o cargo de vice-reitor, achei por bem cortar definitivamente qualquer ligação ao jornal, deixando-lhe assim margem para que mantenha a sua posição de distanciamento em relação à equipa reitoral.

Nesta hora de despedida, agradeço aos colaboradores que estiverem ligados à evolução do jornal e sem os quais não teria sido possível chegar a este ponto: ao Eduardo Alves, ao Marco Oliveira e ao João Sardinha o meu muito obrigado. Uma palavra ainda para a nova diretora, Profª Anabela Gradim, que me acompanhou igualmente neste percurso e que certamente será capaz de melhorar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido. Um agradecimento ainda a todos os colaboradores que participaram na secção de opinião e aos alunos que publicaram aqui os seus primeiros trabalhos.

Obrigado a todos e longa vida ao mais antigo jornal universitário online em Portugal.