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Procuram-se vereadores
Eduardo Alves · quarta, 11 de setembro de 2013 · Cinco dos nove vereadores da Câmara Municipal da Covilhã não marcaram presença na última reunião executiva. A falha coletiva levou a que nada fosse decidido por falta de quórum. Carlos Pinto, edil serrano, fala num dos piores dias como autarca, a oposição justifica-se com a falta de transparência na documentação relativa a certos pontos da agenda. |
No encontro da passada sexta-feira, apenas estiveram presentes o vereadores da maioria e o edil covilhanense |
21961 visitas O período de férias deixou para a lista de trabalhos da primeira reunião do executivo municipal covilhanense um vasto conjunto de assuntos. Às 9 horas da passada sexta-feira, o presidente da autarquia serrana e os três vereadores do executivo foram os únicos a ocupar os seus lugares no edifício da Assembleia Municipal da Covilhã para mais uma reunião de trabalho. Um encontro ao qual não compareceram os três vereadores eleitos pelo Partido Socialista e dois vereadores eleitos nas listas do atual edil, PSD. A falta coletiva levou a que não estivesse reunido o número mínimo de eleitos, neste caso, cinco, para que as decisões tomadas fossem válidas. A Carlos Pinto restou-lhe ouvir e responder às intervenções do público, procurar pelos vereadores em falta e criticar tal acontecimento. Entre o conjunto de assuntos que estariam em discussão, o destaque vai para o problema financeiro da Associação Desportiva da Estação e também para a possível passagem do Silo Auto do Pelourinho, atualmente propriedade da Bragaparques, para as mãos da autarquia. Assuntos que levaram os cinco vereadores a reunirem em grupo, no dia anterior à sessão de câmara, e avançar com alguns motivos para o boicote desta atividade autárquica. Segundo o grupo de membros do PS e PSD, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, esta falta de comparência “é uma forma de protesto perante o facto de, a três semanas das eleições se querer aprovar um conjunto de medidas que indiciam plena campanha”. Os eleitos falavam nos protocolos com quatro juntas de freguesia, com a ADE e também a decisão arbitral relativa ao caso do silo auto da Bragaparques. Para Vítor Pereira, o agendamento destes assuntos, nestas datas, “não passa de foguetório político”. João Esgalhado e Pedro Silva, do PSD, seguem a mesma posição. Para Esgalhado, os possíveis compromissos da autarquia “condicionam a próxima câmara em dez milhões de euros”. Pedro Silva acrescenta que estas medidas não passam “de campanha eleitoral”. Pinto sublinha que, com a falta destes vereadores “não foi possível fazer um conjunto de iniciativas, entre as quais o protocolo com a diocese da Guarda, a renovação de contratos a termo com pessoal da câmara o que significa que há pessoas que na próxima semana vão para o desemprego por causa da não presença dos vereadores”. O responsável do concelho, eleito pelo PSD fez um apelo a todos “para pensarem as razões que estão por detrás destas atitudes. Penso que para estes senhores a câmara deveria ter parado no início do ano. As coisas são mais simples do que se pensa. Como fui eleito para estar aqui até ao último dia, aqui estarei para resolver os problemas das pessoas. O concelho não pode esperar porque as pessoas não têm o tempo nem a vida destes senhores. Queria lamentar o oportunismo e a irresponsabilidade destes senhores, que numa reunião que já estava marcada há muito tempo, faltam injustificadamente para boicotar o desenvolvimento do concelho. Os vereadores que hoje faltaram mostraram apenas que os seus interesses pessoais suplantaram todos os interesses das pessoas que precisam das decisões da câmara”. Para já a autarquia tem os seus trabalhos parados devido à falta destes cinco eleitos. Em comunicado, a edilidade serrana anuncia que vão ter lugar reuniões de câmara, de carácter extraordinário, todos os dias, a partir da próxima sexta-feira, 13, “até que um ou mais vereadores compareçam” para que se tenha quórum mínimo e aprovar as decisões da autarquia. |
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