Designado por “InovEnergy”, um dos mais recentes projetos conjuntos do Departamento de Engenharia Eletromecânica da UBI, que tem como docentes responsáveis Pedro Gaspar e Pedro Dinho, pretende apontar soluções para a eficiência energética no sector agroindustrial”. Uma iniciativa que tem entre o leque de parceiros, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, que coordena a ação, o InovCluster, entre outros politécnicos portugueses e associações da área.

Uma iniciativa científica que tem como meta o desenvolvimento de um sistema de gestão de bases de dados com a identificação e caracterização das empresas agroindustriais utilizadoras da tecnologia de frio e ao consumo de energia. “Este programa está direcionado para um setor industrial onde, dependendo da tipologia da empresa, estas podem consumir entre 50 a 80 por cento da sua conta de eletricidade na componente da refrigeração. Este é um valor muito relevante”, começa por explicar Pedro Gaspar. O objetivo passa por “fazer uma caracterização profunda das empresas nas diversas fileiras, ou seja, no setor das carnes, que tem um especificidade de consumo de energia, na hortofrutícola, vinhos, azeite, cereais, abarcando assim o maior número de fileiras, com o objetivo de caracterizar as industrias, em termos nacionais, e a partir daí obter uma média de consumo, o consumo elétrico específico”. A tudo isto junta-se o desenvolvimento de soluções que promovam a melhoria da sua eficiência energética através de uma metodologia de análise que, com base na caracterização de uma dada empresa, permita a sua caracterização em termos de eficiência energética, com base no desenvolvimento de um algoritmo provisional e dessa maneira desenvolver de soluções que promovam a melhoria da sua eficiência energética.

Um a página na Internet irá permitir avaliar e acompanhar as várias empresas da área, no que diz respeito à sua eficiência energética. Para já, o projeto trabalha na caraterização geral do sector, passando depois para um conjunto de unidades piloto, com o objetivo de desenvolver um algoritmo, “uma ferramenta computacional, que vai ser aberta às empresas, para que estas possam ter a capacidade de verificar, face à média nacional, se estão acima ou abaixo do consumo média. Isto com o objetivo de posteriormente corrigir as principais questões de ineficiência. Com base neste resultado, e tendo em conta este género de manual de boas práticas, apontar soluções para a diminuição do consumo de energia e ganhos de eficiência energética. Tal acaba por tornar mais baixos os custos de produção e daí colocar no mercado produtos a preços mais baixos e melhorar a competitividade do setor”, explica o docente.