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Carveste não pode fechar
Eduardo Alves · quarta, 31 de julho de 2013 · Na passada semana, a Carveste rescindiu contrato com mais de 200 pessoas. Funcionários, sindicatos e forças políticas locais pedem mais atenção por parte do governo. |
Os trabalhadores da Carveste manifestaram-se frente à Câmara de Belmonte |
21955 visitas Há mais de 11 anos que a situação precária de uma das maiores confecções de vestuário da zona da Cova da Beira se arrasta. A Carveste, com sede na vila de Caria, tem um historial de pagamentos em atraso, processos de interrupção do trabalho, dívidas à banca e fornecedores, entre outros pontos de gestão que conduziram agora a empresa a rescindir contrato com 207 pessoas. Arménio Carlos, secretário da CGTP e Luís Garra, da USCB, deram voz ao protesto de quem, de uma hora para a outra, perde o posto de trabalho e fica com salários por receber. A manifestação à porta da empresa serviu para, numa primeira fase, manifestar o descontentamento de quem agora fica numa situação precária e em segundo plano, agendar um conjunto de visitas às instituições políticas e sociais do concelho, nomeadamente à Câmara Municipal de Belmonte. Para os sindicalistas, foram “as desastrosas políticas do governo PSD/CDS que acabaram por contribuir para que a situação de insegurança laboral se tenha agudizado e, a confirmarem-se as informações, tenha atingido um ponto perto do não retorno. É uma vergonha”. Também os eleitos pela CDU naquele concelho dizem ter estado sempre posicionados “ao lado da luta dos trabalhadores e várias vezes foi tomada posição na assembleia municipal exigindo que a câmara PS interviesse junto do governo e da administração central no sentido de contribuir para a resolução deste problema, tarefa que sempre o seu presidente desvalorizou, nunca acedendo sequer a receber os trabalhadores”. Os membros desta força política apelaram ainda à gerência da “Carveste” para que o processo de revitalização seja rapidamente efectuado, “de forma sólida e séria nas negociações que se encontram em curso com os credores da empresa, no processo que corre os seus termos no Tribunal Judicial da Covilhã, tendo em vista o restabelecimento estrutural desta importante unidade empresarial e não a possível declaração de insolvência com o eventual encerramento das instalações e consequente cessação de todos os postos de trabalho, sem os quais as pessoas, o concelho e a região ficarão irremediavelmente mais pobres e mais desamparados”, atestam. |
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