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Aluna da UBI veste Luís de Camões
Eduardo Alves · quarta, 24 de julho de 2013 · @@y8Xxv O Canal História, em conjunto com um conhecido atelier de moda de Lisboa, lançou o desafio a jovens criadores com o objetivo de pensarem a forma como uma das mais conhecidas figuras de Portugal se poderia vestir na atualidade. Uma aluna de Design de Moda da UBI foi a vencedora do concurso. |
O projeto da aluna da UBI foi o vencedor deste desafio |
21962 visitas Há muito que a estátua de Luís de Camões dá notoriedade à praça lisboeta que leva também o nome do autor dos Lusíadas. O monumento, da autoria de Victor Bastos, foi o mote para mais uma homenagem a Camões. Foi precisamente com esse objetivo que os conhecido canal televisivo, transmitido nas subscrições por cabo se juntou à dupla de criadores de moda que desenvolvem o atelier “Storytailors” e lançaram o desafio de pensar como se iria vestir o poeta nos dias de hoje. Plácida Mendes, aluna finalista do mestrado em Design de Moda na Universidade da Beira Interior teve conhecimento desta iniciativa através de uma amiga. Apaixonada confessa do trabalho dos dois criativos lisboetas, Plácida depressa foi informada do concurso que estava a ser promovido. Enviado um pequeno esboço do que poderia ser a sua interpretação das roupas utilizadas por Camões e “foi um aguardar com pouca esperança”. Mas quando viu o seu projeto ser selecionado para os dez melhores e depois para os cinco finais “fiquei logo muito entusiasmada e contente, até porque, estar entre os cinco melhores já era um excelente resultado”, confessa a aluna. Mas o melhor de toda esta aventura acabou por surgir quando a informaram de que tinha ganho o concurso e que iria produzir e implementar na estátua de Camões o seu projeto inicial. Dois dias depois de ter sido escolhida, Plácida Mendes estava a dar forma à sua ideia. “Um trabalho foi muito assustador, até porque, ao entrar no atelier dos promotores tinha uma réplica da estátua, em esferovite, à escala real e só pensava no desafio de produzir roupas para aquele tamanho”. Se fosse vivo, Luís de Camões, “iria com toda a certeza optar por um estilo ‘dandy’, uma vez que era um cavalheiro que gostava de se mostrar, cuidar e de vestir bem. Acho que o Camões iria ficar bem nesse estilo, uma vez que nunca deixou de ser um cavalheiro, um poeta e um artista com estilo, a que se junta um espírito aventureiro e de alguém que registou viagens lendárias e fascinantes, e por isso todo o trabalho que desenvolvi foi nesse prisma”. O projeto, ainda assim, gerou alguma polémica. “Começamos por vestir a estátua cerca das 11 horas da manhã, no dia combinado com a Câmara de Lisboa e foi feito todo o documentário pelo Canal História e apresentado o projeto aos meios de comunicação social, mas o novo fato do Camões acabou por ser retirado cerca das 13 horas, depois de vários telefonemas de pessoas que não se mostraram agradadas por aquela iniciativa. Mas penso que acabou por ser muito positiva, desde turistas, a pessoas da própria cidade, muita gente gostou”, confessa a aluna. |