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Data Center abre caminho tecnológico à UBI
Eduardo Alves · quarta, 3 de julho de 2013 · @@y8Xxv O responsável máximo pela Portugal Telecom garante que a Universidade da Beira Interior será uma das mais importantes academias no que respeita à tecnologia informática de virtualização. Todo o desenvolvimento tecnológico a ser aplicado no novo centro de dados da Covilhã será concebido dentro da instituição de ensino superior. |
A conferência juntou no anfiteatro das Sessões Solenes um conjunto diverso de personalidades |
21977 visitas Zeinal Bava espera fazer da UBI uma das melhores “cloud academy”. Tal deverá ser conseguido com todo o trabalho que advém da instalação do novo centro de dados da Portugal Telecom, na Covilhã. A estrutura que será inaugurada no próximo dia 23 de setembro vai servir de “caixa forte” para uma vasta quantidade de dados informáticos de empresas espalhadas por todo o mundo. O responsável máximo da telefónica nacional explicou ao Urbi que todo o processo de escolha e instalação desta estrutura, na cidade da Covilhã, teve como ponto forte a presença da Universidade da Beira Interior e as suas “capacidades técnicas e académicas”. Segundo Zeinal Bava, “o Data center é o embrião que vai colocar a UBI entre as instituições que melhor trabalham na área da virtualização e por isso não temos dúvidas de que a cloud que nós queremos criar a partir da Covilhã tenha uma abrangência mundial, com presença da Europa, Brasil, América do Norte”. O engenheiro que tem dirigido a PT nos últimos anos foi um dos convidados do jornal Expresso no âmbito da conferência “As novas tecnologias e a sua relação com a produtividade e o desenvolvimento”. Para além de Bava, João Canavilhas, professor da UBI, Filipa Caldeira, CEO da Fullsix Ibéria e Francisco Veloso, diretor e professor da Católica Lisbon School of Business and Economics, integraram o painel de conferencistas, dirigido por Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa. Bava esclarece que “quem trabalhar aqui connosco de forma proactiva, vai efetivamente criar condições para trabalhar com a PT em qualquer parte do mundo e desenvolver competências numa área de futuro. Nós vamos fazer coisas extraordinárias a nível da virtualização e seremos, com toda a certeza, pioneiros em muitas coisas. Esperamos agora criar uma “cloud university” e potenciar aqui o ensino desta tecnologia”. Para isso irá contar a pós-graduação que decorre na academia, já a partir de setembro. A PT, para além dessa formação específica de quadros, apoia financeiramente doutoramentos nesta área para que a UBI encontre pela sua frente uma empresa que se quer reinventar e desafiar assim os professores para nos ajudarem nessa meta”. Conhecer os caminhos onde conduzem estas novas tecnologias foi o mote principal da iniciativa desenvolvida pelo Expresso, em parceira com a UBI. Pinto Balsemão diz que “a organização destas conferências sobre temas nacionais que ajudem a pensar o futuro”, são a forma de assinalar os 40 anos do jornal semanário. “O tema que hoje aqui trazemos é de interesse geral e pretendemos com estas discussões alargadas, sair de Lisboa e estar no País inteiro”, aponta. João Canavilhas sublinhou a necessidade “de uma postura proactiva, por parte das universidades”. O docente da UBI lembra que “as novas tecnologias, pelo facto de serem novas não traduzem uma imediata forma de sucesso, nem significa que funcionam na sua totalidade”. Para o investigador do Laboratório de Comunicação Online “acredita-se que a tecnologia dá lugar a uma mudança e essa mudança significa crescimento económico que vai gerar novas necessidades e novas tecnologias. Este ciclo é verificado na teoria, porque na prática existem diferenças assinaláveis”. Diferenças que Francisco Veloso também aponta. O professor da Universidade Católica lembra que “as novas tecnologias têm de se traduzir em inovação, as novas tecnologias têm de ser um investimento económico e ter o seu mercado”. Já no que respeita à “abertura da universidade à sociedade, que começou com o convite de membros externos para os seus conselhos gerais, muitos deles membros de empresas, serviu para trazer novos conhecimentos para a academia”. Filipa Caldeira lembra a importância da aposta na educação. A empresária diz, com algum receio que “Portugal está abaixo da média europeia do PIB atribuído à educação e com uma tendência para baixar ainda mais. A juntar a isso o facto das empresas portuguesas terem pouca tendência de evoluírem, são muito conservadoras”, rematou. A exposição do jornal Expresso irá estar patente ao público na praça do município, durante o mês de julho. Fotos e excertos de notícias que marcam as últimas quatro décadas da história nacional e internacional dão forma a esta mostra. |