Vem desde cedo a paixão pela patinagem artística, daí que, ao escolher frequentar um curso de Ciências do Desporto na UBI, Ana Cristina Santos, tivesse pensado em continuar a praticar esta modalidade. Contudo, na “cidade neve” não existe nenhum clube ou instituição que desenvolva atividades nesta área. A vontade de continuar a patinar e a promoção desta prática desportiva levaram agora a que a aluna do primeiro ano de mestrado em Ciências do Desporto a avançar com uma escola de patinagem artística.

Há cerca de três meses que a jovem aluna de desporto dirige uma escola de patinagem. O projeto que começou essencialmente como uma resposta à falta desta modalidade, na região, “está já a concentrar as atenções de sete alunas”, explica Ana Cristina Santos. A trabalhar em colaboração com uma colega de curso, a jovem estudante, natural do Entroncamento, tem desenvolvido as suas lições no pavilhão N.º 2 da UBI. A escola está aberta a todas as crianças interessadas em praticar esta modalidade. Os sucesso da iniciativa parece ser igual à adesão de alunas ao projeto. Ana Santos prepara já, para a próxima sexta-feira, 5 de julho, um conjunto de provas que servem de mostra às atividades que são desenvolvidas nesta escola. Uma iniciativa que serve também para executar diversos testes e provas às alunas da nova escola. Provas que têm como objetivo capacitar as alunas para prosseguirem para escalões mais altos da patinagem artística e futuramente participarem em algumas provas. “Estamos a verificar que em dois meses de treinos temos já muitas esperanças nas alunas”, aponta. Contudo, de sublinhar “o trabalho de exigência que muitas vezes tem sido feito que se alcancem estes resultados em tão pouco tempo”, diz Ana Cristina Santos.

“Quando descobri que não existia uma escola de patinagem, a minha primeira intenção foi abrir aqui uma seção de patinagem num qualquer clube. Isto porque iniciar logo uma escola é necessária toda uma estrutura muito complexa, mas com o apoio da associação académica, da qual faço parte também como responsável pela seção de desporto, acabei por dar vida a esta estrutura e futuramente poderá vir a crescer e a transformar-se em algo mais concreto”, acrescenta ainda.

“Neste momento estamos a fazer todos os esforços para que nos seja disponibilizado algum material que se pode encontrar disperso por várias coletividades que tenham desenvolvido esta modalidade”, destaca também a jovem estudante da UBI. Ciente de que é uma prática que “pressupõe algum esforço no que respeita ao investimento em equipamento”, a promotora da nova escola espera conseguir reunir algum material que em ocasiões anteriores foi distribuído por associações e clubes regionais e que já não é utilizado. Todas as pessoas interessadas em participar no projeto ou praticar esta modalidade podem ter contacto com os responsáveis da escola, nas tardes de terça, quinta e sexta-feira, no Pavilhão da Inatel, na Covilhã e na quarta, no Pavilhão N.º 2 da UBI, sempre a partir das 18 horas.