Está, de novo, suspenso o processo judicial que opõe a Associação Cultural da Beira Interior (ACBI) à Câmara da Covilhã. Desta vez, a autarquia serrana solicitou um esclarecimento à sentença judicial.
Os responsáveis pela associação lembram que “depois do Tribunal Administrativo de Castelo Branco condenar a Câmara Municipal da Covilhã para no prazo de 30 dias pagar à ACBI cerca de cem mil euros, a autarquia interpôs agora um recurso ao processo, alegando que a juíza do mesmo não indica na sentença, a taxa de juro aplicada”. Tal atitude acabou por “causar nova demora no pagamento”. Para Luís Cipriano, “não deixa de ser curioso o facto de ter sido a própria autarquia a sugerir o valor ao tribunal e vir agora dizer que necessita saber qual a taxa de juro que eles próprios utilizaram para chegar ao valor final”.
Em declarações aos jornalistas, os mesmos da ACBI lamentam a atitude da autarquia, “embora a esperasse atendendo ao perfil do seu presidente”. Isto porque, os responsáveis pela associação consideram este comportamento “visa unicamente adiar o pagamento mas nunca adiará o nome do derrotado: Carlos Pinto”.
Estando juntamente com os seus advogados a preparar os processos já anunciados, um contra a autarquia pelos danos causados e outro por dolo contra o presidente, a ACBI decidiu a partir da próxima semana, publicar no seu site todas as sentenças “de modo a que todos possam analisar a postura da autarquia. Esta atitude da autarquia representa graves problemas à ACBI, que não descansará, demore o tempo que demorar, em procurar fazer justiça a todos aqueles que tentaram prejudicar a instituição”. A ACBI participou por escrito a todos os candidatos à autarquia covilhanense e aguarda uma posição pública dos mesmos.