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AAUBI contra governo
Eduardo Alves · quarta, 19 de junho de 2013 · @@y8Xxv O último Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), decorreu em Vila Real. A associação académica da UBI foi uma das instituições presentes nesta reunião de trabalho e subscreveu o documento estratégico resultante deste evento. |
A AAUBI marcou presença no encontro nacional de associações e vai integrar os protestos contra o governo |
21957 visitas Fazer o balanço dos dois anos do atual governo, em matéria de políticas educativas e de apoio aos alunos universitários foi a principal meta do último ENDA, realizado dia 16 de junho. Um momento, que contou com a presença de 13 academias, aproveitado para o balanço das relações institucionais com a tutela, nomeadamente com a Secretaria de Estado do Ensino Superior. “A menos de uma semana do segundo aniversário da tomada de posse do XIX Governo Constitucional, o movimento associativo não pode deixar de marcar o momento como o fim da razoabilidade do benefício da dúvida dado e como o momento em que já não espera deste governo que governe o sector do ensino superior, no diálogo e no consenso que retoricamente pede, afirma e a que convida, mas que na prática não quer, impede e rejeita”, começam por explicar os elementos da AAUBI. Perante esta postura do ministério da tutela, as associações presentes neste encontro decidiram então acabar com a postura que tinham adotado até aqui, uma vez que foram “forçados a reconhecer não existir vontade e ou capacidade da tutela para governar o sector em conjunto com os seus intervenientes, até que mude tal postura dos titulares desses cargos ou os próprios titulares, o movimento associativo decide partir para um calendário de contestação e protesto para com esta situação”. Tal calendário pressupõe uma intensidade gradualmente crescente que culminará, se nada mudar entretanto, numa manifestação nacional, a decorrer no início do ano letivo, acrescentam. São muitas as acusações aos responsáveis tutelares, nomeadamente por estes se mostrarem indisponíveis para o diálogo e para a análise das propostas dos estudantes. “Incessantemente envidamos esforços para dialogar, debater e concertar posições; esforços que, porém, salvo raríssimas e insipientes exceções, não tiveram eco num Secretário de Estado mudo, cego e insensível para com o movimento associativo e, mais gravemente, para com os estudantes e demasiadas vezes para com todo o sector que é suposto tutelar”, dizem. Os subscritores do documento final deste encontro nacional e também das atividades de protesto que se vão seguir dizem-se “fartos de bater a uma porta que está sempre fechada, de um secretário de Estado acantonado no seu gabinete, desligado da realidade do ensino superior e insensível às dificuldades sentidas por estudantes, profissionais e instituições”. Querem assim maior ligação ao representante tutelar, ou caso este não seja capaz de tal “que dê o lugar a quem seja capaz de o fazer”. Baterias apontadas não só a João Queiró, secretário de Estado do ensino superior, mas também ao primeiro ministro Pedro Passos Coelho. Para os subscritores do documento de Vila Real, o responsável máximo pelo governo ignorou durante dois anos o movimento associativo estudantil, “faltando à palavra dada, uma vez que enquanto candidato prometeu às federações e associações académicas e de estudantes uma reunião, a ocorrer uma vez empossado, para discutir de forma participada o programa para o ensino superior: promessa que hoje continua gravemente por cumprir, juntando silêncio político à quietude governativa da Secretaria de Estado”. Para além da AAUBI, o encontro nacional contou ainda com a presença da Federação Académica do Porto, da Associação Académica da Universidade do Minho, da Associação Académica da Universidade de Aveiro, da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, da Federação Nacional da Associação de Estudantes da Escola Superior do Porto, da Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo, Associação Académica de Coimbra, Associação Académica de Lisboa, Associação Académica da Universidade do Algarve, Associação Académica da Universidade de Évora, Associação dos Estudantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico. |