O Instituto Coordenador da Investigação (ICI) promoveu a terceira edição do UBIScientia. Um encontro de investigadores e responsáveis pelas unidades I&D da academia beirã que serve também como mostra dos resultados alcançados ao longo do ano, nas várias áreas que se desenvolvem na universidade.

De uma forma geral, 2013 parece ser o ano da investigação na Universidade da Beira Interior. Ana Paula Duarte, vice-reitora da universidade e responsável do ICI. A responsável por esta estrutura que coordena as atividades ligadas à investigação recorreu, por diversas vezes, aos números registados nos últimos anos pela instituição, por forma a compará-los com os índices atingidos em 2013. Na análise de Ana Paula Duarte, “a UBI cresceu imenso em produção científica de nos últimos tempos”. A título de exemplo, “em 2009, a UBI era das universidades que menos produção científica registava". Atualmente conseguiu-se uma melhoria e "ultrapassámos as universidades congéneres ou de dimensão semelhante à nossa".

A apresentação dos resultados conseguidos pelos investigadores da academia foi feita na presença de representantes da Fundação para a Ciência e para a Tecnologia e também de vários organismos europeus de apoio à internacionalização. A responsável pelo ICI aproveitou o momento para lembrar que o crescimento, nesta área, “é o espelho de um trabalho de toda a comunidade que se tem também dedicado à investigação”. Nas palavras da vice-reitora a academia beirã “passou de campeonato e está agora entre os melhores” e por isso, "passa com distinção", sublinha a responsável. O balanço positivo, sublinhado ao longo de toda a sessão de apresentação de resultados, contou com valores registados nos últimos anos que foram avançados pela responsável do ICI. Ana Paula Duarte referiu que “das 230 entradas em revistas científicas no ISI, em 2009, passou-se para 350 em 2012 e as presenças em revistas indexadas na Scopus passaram de 300 para 500. Números que significam uma taxa de crescimento superior a universidades como Aveiro e Coimbra”.

Fasquias que colocam agora a instituição beirã no mesmo patamar que as mais representativas academias portuguesas. “A UBI deu assim um salto bastante significativo nas publicações por ETI’s. Cresceu-se assim cerca de 60 por cento em quatro anos”, aponta a vice-reitora. A área da investigação acaba por ser assim uma das que mais investimento recebe. Em 2013, a academia tem quase 15 milhões de euros dedicados à investigação, “dinheiro de fundos estruturais, da FCT e de financiamento internacional”.

Feita a análise dos principais resultados, apontaram-se alguns caminhos futuros. Para a responsável pelo ICI, nos próximos tempos, a atenção dos investigadores e da unidades de trabalho deve centrar-se “na continuidade de uma política de apoio, essencialmente no que diz respeito ao estímulo à investigação, à diversificação do financiamento e à procura de fundos internacionais, bem como a interação com as empresas e a tecnologia”. Nesse sentido, ao longo do dia decorreram espaços de debate e troca de ideias entre os investigadores da academia. Vários representantes de projetos que atualmente estão a ser desenvolvidos na universidade apresentaram as suas propostas sobre esta temática, contaram as suas experiências nos mais variados projetos em que já trabalharam e nos que atualmente desenvolvem e avançaram também com possíveis ações futuras.