Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Nem centro, nem jardim, na Rua das Artes
Eduardo Alves · quarta, 12 de junho de 2013 · Um dos locais mais centrais da zona de expansão da cidade é o reflexo das promessas eleitorais. Para aquela zona esteve projetado o Centro das Artes, estrutura que nunca passou do papel, mas que chegou a dar nome àquela rua localizada junto à ANIL. |
O Centro das Artes está apenas no nome da rua que pode agora ficar sem jardim |
21966 visitas Parece ser incerto o destino a dar a uma vasta área de terreno localizada em pleno coração de expansão da cidade. Para aquela zona esteve prevista uma das bandeiras eleitorais do atual presidente da Câmara da Covilhã. Ao longo de vários anos e outras tantas campanhas, o Centro das Artes ia ganhando força, de tal forma que a promessa e os projetos da edilidade chegaram mesmo a dar nome à rua “Centro das Artes”. A toponímia foi mais rápida que a concretização do prometido e acabou por espelhar um resultado que não é mais que uma zona abandonada. Em falta na Covilhã, um espaço cultural que se assuma como estrutura de apoio a várias iniciativas, a autarquia foi avançando com a possibilidade de concretização desta obra. Por fim, a compra do edifício do Teatro Cine acabou por deitar por terra a promessa eleitoral. Como o Centro das Artes parece já não ver a luz do dia, os responsáveis sociais democratas pela autarquia serrana avançaram então com a possibilidade de ali construir um espaço verde de lazer. O Jardim das Artes parecia ser a resposta dada pela câmara no arranjo de um espaço no coração da cidade. Depois de a única estrutura de lazer ali instalada ter sido um pequeno campo de jogos, “até isso foi tirado às crianças”, começa por explicar um dos moradores da zona. A compra de casa naquela parte da cidade “foi feita também a pensar na possibilidade de aqui ser construído o Centro das Artes. Toda este bairro foi publicitado em volta disso e pensado para isso. Mas tal não veio a acontecer e agora aquilo que existe é um espaço vazio, sem nada”, acrescenta a mesma fonte que não se quis identificar. O deputado municipal Pedro Leitão, eleito pelo PS, solicitou alguns esclarecimentos sobre este assunto, na última reunião magna dos representantes autárquicos. Carlos Pinto esclareceu que “o Jardim das Artes concluiu agora mais uma fase de projeto para, se houver disponibilidade, se lançar durante o mês de Julho, as infraestruturas elétricas e caminhos e ficarem apenas os equipamentos para depois”. Fica assim sem concretização uma das estruturas mais anunciadas para a cidade. Se o “Centro das Artes” parece já ali não nascer, o “Jardim das Artes” corre o risco de ir pelo mesmo caminho. |