Cerca de 60 mestres alfaiates provenientes de vários pontos do País marcaram presença, tendo sido recebidos pelo presidente da Câmara da Covilhã, num evento em que aproveitaram para partilhar experiências, sempre com boa disposição.

Apesar de ser uma profissão cada vez menos em voga e procurada, actualmente ainda há quem procure alfaiates para que personalizem um fato a seu gosto e à sua medida. “Ultimamente o número de pedidos é escasso. Não sei se isso se deve exclusivamente à crise, ou se é também um fenómeno cultural. Fazer fatos à medida já passou de moda, bem como exercer esta profissão. Hoje já se compra tudo feito, as pessoas não têm paciência para esperar. Vão à loja e compram. Simples.”, lamentou um dos alfaiates presentes na acto cerimonial.

“Apesar de produzirmos fatos completos, tanto para homens como para mulheres, a maior parte dos serviços que efectuamos actualmente são ajustes a peças de roupa compradas no pronto-a-vestir. Apesar de tudo tenho fiéis clientes que me fazem encomendas há muitos anos.”, concluiu.

Facto é que, usando técnicas antiquadas, os alfaiates têm que moldar a sua forma de trabalhar conforme os pedidos que lhes são feitos.

O Presidente da Câmara da Covilhã não se coibiu de elogiar a indústria têxtil na Cidade da Covilhã, bem como a importância de quem exerce a interessante profissão que é ser alfaiate em pleno século XXI.

Foi ainda oferecido o livro “Pai, levanta-te e vem fazer-me um fato de canela”, de Manuel da Silva Ramos e sorteados quatro “cortes” de tecido entre os participantes deste célebre e já 24º Encontro Nacional de Mestres Alfaiates.