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Políticas de emprego discutidas na UBI
Eduardo Alves · quarta, 22 de maio de 2013 · @@y8Xxv O XV Encontro da Associação Portuguesa de Profissionais em Sociologia Industrial (APSIOT) decorreu na Universidade da Beira Interior. Numa sessão que teve como tema central a conjuntura e as elevadas taxas de desemprego, o secretário de Estado falou nas políticas que o governo está a desenvolver para combater estes valores. |
O secretário de Estado diz que o governo tem estado atento às taxas de desemprego |
21955 visitas Portugal regista nestes tempos as mais elevadas taxas de desemprego. Um flagelo social que serviu de tema central do 15º Encontro da APSIOT. A associação de sociologia industrial reuniu na Universidade da Beira Interior e contou com a presença de Pedro Roque, secretário de Estado do emprego. Como forma de lançamento do debate a principal responsável por esta organização falou sobre o impacto social do desemprego. Maria da Conceição Cerdeira, presidente da APSIOT, lembra que “Em Portugal, cerca de dois milhões, dos seis milhões de trabalhadores, fazem-no em condições precárias”. Uma situação que acaba por levar a graves falhas de distribuição da riqueza, de segurança nas relações laborais e de desenvolvimento social e económico de todo o País. Como exemplo desta precariedade, a responsável máxima da APSIOT fala nas situações dos recibos verdes “fruto de más práticas que têm vindo a generalizar-se ao longo dos anos e a serem utilizadas pelas entidades empregadoras”. Na ótica de Maria da Conceição Cerdeira, os responsáveis políticas nacionais e também grande parte dos grupos empresariais “ao longo das últimas décadas, foram importando os piores exemplos económicos dos países que registavam já más condições laborais e sociais”. Para a investigadora social “estes maus modelos de gestão conduziram-nos a situações que hoje estão à vista de todos”. Outro dos pontos sublinhados ao longo quer da sessão de abertura deste evento, quer no decorrer das restantes áreas temáticas, prende-se com acrescente desigualdade social e económica. Uma situação que em muito se deve ao facto “dos salários terem vindo a decrescer para os trabalhadores médios enquanto que os mais ricos duplicam as suas regalias”. Maria da Conceição Cerdeira dá o exemplo de uma das maiores potências mundiais para se ter uma ideia da proporção que hoje parece fazer regra na distribuição da riqueza, “nos Estados Unidos da América, 400 pessoas são mais ricos que 150 milhões de concidadãos”. Foi sobre este cenário que também se debruçou Pedro Roque, secretário de Estado do emprego. Perante a falta de postos de trabalho, “o executivo tem vindo a apostar em políticas de formação profissional, nomeadamente no que diz respeito à reconversão dos trabalhadores. O governo tem estado atento à situação do desemprego em Portugal”, garante. O responsável político acabou por concordar com as linhas de pensamento que apontam o crescimento económico e o investimento como solução para o desemprego. Mesta matéria, Pedro Roque garante que “estão a ser desenhadas algumas políticas para a criação do próprio emprego”. Nesse sentido, o secretário de Estado sublinha que “o orçamento do IEFP foi reforçado nessa área e esperamos que seja esgotado em boas medidas”. Ainda assim, a economia portuguesa parece não dar sinais de recuperação e tem vindo a decair ao longo dos últimos nove trimestres. O governante aponta a crise estrutural em toda a Europa como o principal factor para a situação não inverter o rumo. |