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Nascer ou tornar-se empreendedor
Margarida Serra Carvalho · quarta, 22 de maio de 2013 · @@y8Xxv A propósito da conjuntura atual nacional e internacional, decorreu na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas um debate sobre empreendedorismo. Pedro Farromba e Maria José Madeira formaram a mesa de discussão, mostrando o que é preciso para se ser empreendedor. |
A organização desta conferência ficou a cargo de vários núcleos de alunos da UBI (Foto de arquivo) |
21958 visitas Na palestra organizada pelo núcleo de gestão da UBI, UBIGEST, e pelo Grupo de Estudos Políticos, Pedro Farromba e Maria José Madeira foram os oradores que abordaram a questão do empreendedorismo. Para Maria José Madeira, docente na Universidade da Beira Interior, é “importante falar em empreendedorismo, principalmente no empreendedorismo jovem”. Tomando como ponto de referência a taxa de desemprego atual em Portugal, que ronda os 18 por cento, e mais concretamente o desemprego jovem que está nos 42%, a oradora defendeu que o empreendedorismo pode constituir uma parte da solução. Para a docente do Departamento de Gestão e Economia, os jovens “já não podem pensar que ao fim do curso têm um emprego à espera, têm que criar o seu emprego”, adiantou. Considerando também a conjuntura atual do país, Maria José Madeira avançou ainda que “a crise económica estimula o empreendedorismo e a inovação”. Em épocas de crise “surgem oportunidades e temos de ter consciência que elas existem”, não esquecendo, porém, que “uma coisa são os recursos e as capacidades outra coisa é a inspiração”, apontou. Quanto à afirmação “empreendedores não nascem, constroem-se”, Maria José Madeira defendeu que o empreendedor pode “nascer” com algumas características empreendedoras mas se não forem potenciadas “de nada servem”. Nesta perspetiva, aponta como características fulcrais do empreendedor a “perspicácia”, a “intuição”, a “visão do futuro” e a “auto-motivação”. Além de definir o empreendedorismo como “um comportamento”, a docente da UBI acrescenta que é igualmente “um processo que surge das oportunidades”, e por isso “há que estar atento ao meio envolvente e ver que oportunidades agarrar”. O perfil do empreendedor acarreta, também, “espírito de risco”, na medida em que “não tem medo de falhar e assume as suas responsabilidades”, “auto-resiliência” e “auto-confiança”, acrescentou. De encontro a este panorama, Pedro Farromba, Administrador Delegado do Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, reforçou que “há pessoas que ousam fazer coisas diferentes, que ousam ver a realidade de maneira diferente”. No que respeita à componente do empreendedorismo, Pedro Farromba defendeu que “tem tudo a ver com ideias e objetivos”. Para o administrador delegado do Parkurbis, os empreendedores “nascem e constroem-se” considerando, assim, fundamental a “atitude e a forma como olhamos e nos posicionamos para a vida”. |