Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
O reconhecimento de objetos em 3D na base de provas académicas
Eduardo Alves · quarta, 15 de maio de 2013 · @@y8Xxv As mais recentes provas de agregação na área da informática decorreram na passada semana, na UBI. Luís Filipe Barbosa de Almeida Alexandre, foi o autor da lição apresentada. |
O autor das provas e os membros do júri |
21956 visitas Uma aula subordinada ao “Reconhecimento de objectos em 3D” foi o ponto ato dos dois dias das provas de agregação prestadas por Luís Filipe Barbosa de Almeida Alexandre. O docente do Departamento de Informática sublinha que esta é uma temática que tem vindo agora a desenvolver nas suas investigações. “Esta aula consistiu na apresentação dos passos básicos que são necessários para construir um sistema que consiga reconhecer objetos. Portanto, trata-se de termos um computador, com uma câmara que captura informação em três dimensões e um programa específico, que, ao olhar para um qualquer cenário consiga identificar que objetos estão naquele espaço e dizer que se trata de uma pessoa, de uma mesa, de uma caneta, entre outros. Ou seja, como se deve construir um programa que consiga reconhecer objetos”, explica o docente. Uma área em pleno desenvolvimento no campo informático que se assume como “um dos maiores desafios da visão computacional, tema que esteve na origem deste trabalho. Hoje em dia ainda temos diversos problemas em aberto relativos a como resolver algumas etapas em todo este processo. Apresentei algumas das possíveis soluções, mas hoje em dia quase todos esses passos são alvo de investigação. Existem várias potenciais soluções e vários métodos que são alvo de discussão e investigação. Esta é uma área que não está fechada, antes pelo contrário”. Relativamente a esta área, “ainda hoje não existe qualquer programa que consiga reconhecer todos os objetos de um qualquer cenário”, confessa. Há sistemas que conseguem fazer o reconhecimento de objetos, “como o por mim construído e que aqui apresentei, mas só o conseguem em circunstâncias restritas. Imagine-se um cenário com apenas um copo e uma garrafa, objetos que já anteriormente mostrei ao sistema, este irá conseguir identificar qual o copo e qual a garrafa. Mas se este mesmo sistema for colocado num local diferente, onde a iluminação mude ou a pose dos objetos seja muito diferente, pode não conseguir mais efetuar o reconhecimento dos referidos objetos, e aí está o nosso maior problema que passa por conseguir um sistema que funcione em qualquer tipo de ambiente”, diz. Até agora tem existido uma evolução gradual, “mas consistente, destas tecnologias. Os sistemas vão-se tornando cada vez melhores ao longo do tempo. Existem já soluções que conseguem fazer esse tipo de reconhecimento, mas apresentam taxas de erro que gostaríamos que fossem menores”, sublinha Luís Alexandre. A partir do momento que existir um sistema destes “toda a utilização é possível e passa pela imaginação das pessoas”. O Docente, ao longo da sua apresentação, avançou alguns exemplos, “como o caso de robots que consigam entrar em locais hostis para as pessoas, como é o caso, por exemplo de centrais nucleares onde se registou um acidente, e com isso poder trabalhar nas operações de apoio, mas também, por exemplo, numa utilização completamente diferente que seria o apoio domiciliário, a pessoas idosas, ou incapacitadas, entre um vasto universo de casos”. Estas provas tiveram como júri António Manuel Melo de Sousa Pereira, professor catedrático da Universidade de Aveiro, António Dourado Pereira Correia, professor catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, José Manuel Gutierrez Sá da Costa, professor catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, Mário Marques Freire, professor catedrático da Universidade da Beira Interior e Mário Alexandre Teles de Figueiredo, professor catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. |